sábado, 21 de janeiro de 2012

O Sacerdote e o Fazendeiro





Conta-se que um rico fazendeiro foi queixar-se ao padre da paróquia local, dizendo que as pessoas não o viam com bons olhos porque ele não ajudava  as outras pessoas nem contribuía com as obras assistenciais da igreja. 

E  disse ao sacerdote: 
  • Ora, todos sabem que quando morrer deixarei tudo o que tenho para a igreja e seus pobres.

O sacerdote, homem sábio, disse ao fazendeiro: 
  • Vou lhe contar uma história. 


A história do porco.
e da vaca,

Fez uma pausa e continuou:
  • Um dia o porco foi reclamar com a vaca porque ninguém lhe dava valor. Todos o desprezavam. 


Afinal, disse o porco, 
  • eu doo tudo o que tenho aos homens. 

  • Eles consomem a minha carne, usam meus pelos para fazer pincéis, e aproveitam até meus ossos. Mesmo assim sou um animal desconsiderado. 

  • O mesmo não acontece com você, que dá apenas o leite e é reverenciada  por todos, concluiu o pobre porco. 


A vaca, que ouvia com atenção, falou: 

  • Talvez seja porque eu doo um pouco de mim todos os dias, enquanto estou viva, e você só tem utilidade depois de morto.


O fazendeiro agradeceu ao padre pela lição e se retirou pensativo.

REFLEXÃO:
E você, em que tem contribuído com a sociedade da qual faz parte, enquanto está a caminho?  A necessidade não aguarda o tempo propício para visitar os desafortunados. A carência pede socorro agora, não mais tarde. A necessidade roga mãos caridosas hoje, não amanhã. A ignorância solicita esclarecimento imediato, não num futuro distante. Existem tantas frentes de trabalho aguardando mãos dispostas a se movimentar em prol do semelhante, nos mais variados campos de ação. 

Basta boa vontade e disposição.

Eliane de Pádua

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