Um
cientista colocou um ratinho numa gaiola.
No
início, ele ficou passeando de um lado para outro, movido pela curiosidade.
Quando
sentiu fome, foi em direção ao alimento.
Ao
tocar no prato, no qual o pesquisador instalou um circuito elétrico, o ratinho
levou um choque forte, tão forte que, se não desistir de tocá-lo, poderá
até morrer.
Depois
do choque, o ratinho correu na direção oposta ao prato.
Se
pudéssemos perguntar-lhe se tem fome, certamente responderia que não, porque a
dor provocada pelo choque faz com que despreze o alimento.
Depois
de algum tempo, porém, o ratinho entrará em contato com a dupla possibilidade
da morte: a morte pelo choque ou pela fome.
Quando
a fome se tornar insuportável, o ratinho, vagarosamente, foi de novo em
direção ao prato.
Nesse meio tempo, no entanto, o pesquisador desligou o
circuito e o prato não está mais eletrificado.
Porém,
ao chegar quase a tocá-lo, o medo ficou tão grande que o ratinho teve a
sensação de que levou um segundo choque.
Houve taquicardia, seus pelos se
eriçaram e ele correu novamente em direção oposta ao prato.
Se
lhe perguntássemos o que aconteceu, a resposta seria:
"Levei
outro choque".
Esqueceram
de avisá-lo que a energia elétrica estava desligada!
A
partir desse momento, o ratinho vai entrando numa tensão muito grande.
Seu
objetivo, agora, é encontrar uma posição intermediária entre o ponto da fome e
o do alimento que lhe dê certa tranqüilidade.
Qualquer
estímulo súbito, diferente, que ocorrer por perto, como barulho, luminosidade
ou algo que mude o ambiente, levará o ratinho a uma reação de fuga em direção
ao lado oposto do prato.
É
importante observar que ele nunca corre em direção à comida, que é do que ele
realmente precisa para sobreviver.
Se o pesquisador empurrar o rato em direção
ao prato, ele poderá morrer em conseqüência de uma parada cardíaca, motivada
pelo excesso de adrenalina, causado pelo medo de que o choque primitivo se
repita.
É
provável que você esteja se perguntando:
"Muito
bem, mas o que isso tem a ver com o medo de SER FELIZ?".
Tem
tudo a ver.
Muitas vezes, vemos pessoas
tomando choques sem sequer tocar no prato.
Quantas
vezes, esta semana, você teve vontade de convidar alguém para sair, para
conversar, para ir à praia ou ao cinema, e não o fez, temendo que a pessoa
pudesse não ter tempo ou não gostasse de sua companhia e, desse modo, acabou
sentindo-se rejeitado - sem ao menos ter tentado?
Quantas
vezes você se apaixonou sem que o outro jamais soubesse do seu amor? Quantas
vezes você abandonou alguém, com medo de ser abandonado antes? Quantas
vezes você sofreu sozinho, com medo de pedir ajuda e ficar
"dependente" de alguém? Quantas vezes Você perdeu um excelente
Negócio, por medo de fracassos anteriores? Quantas vezes você se
afastou de um grande amor, com medo de se comprometer? Quantas vezes você
não se entregou ao amor por medo de perder o controle de sua
"liberdade"? Quantas vezes você deixou de viver um grande
amor com medo de sofrer de novo... Quantas vezes você tomou um choque sem
sequer tocar no prato?
Pensem nisso!
E arrisquem...
É melhor tentar e perder...
Do que viver eternamente
na incerteza!!!
Eliane de Pádua
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