- Martha Medeiros
No meio, a gente descobre que
precisa guardar a senha não apenas do banco, mas a que nos revela a nós mesmos
Vida é o que existe entre o nascimento e a morte.
Vida é o que existe entre o nascimento e a morte.
O que acontece no meio é o
que importa.
No meio, a gente descobre que sexo sem amor também vale a pena, mas é ginástica, não tem transcendência nenhuma.
Que tudo o que faz você voltar pra
casa de mãos abanando (sem uma emoção, um conhecimento, uma surpresa, uma paz,
uma ideia) foi perda de tempo.
Que a primeira metade da vida é muito boa, mas da metade pro fim pode ser ainda melhor, se a gente aprendeu alguma coisa com os tropeços lá do início.
Que a primeira metade da vida é muito boa, mas da metade pro fim pode ser ainda melhor, se a gente aprendeu alguma coisa com os tropeços lá do início.
Que o pensamento
é uma aventura sem igual.
Que é preciso abrir a nossa caixa preta de vez em
quando, apesar do medo do que vamos encontrar lá dentro.
Que maduro é aquele
que mata no peito as vertigens e os espantos.
No meio, a gente descobre que sofremos mais com as coisas que imaginamos que estejam acontecendo do que com as que acontecem de fato.
Que amar é lapidação,
e não destruição.
Que certos riscos compensam – o difícil é saber previamente
quais.
Que subir na vida é algo para se fazer sem pressa.
Que é preciso dar uma colher de chá para o acaso.
Que tudo que é muito rápido
pode ser bem frustrante.
Que Veneza, Mykonos, Bali e Patagônia são lugares
excitantes, mas que incrível mesmo é se sentir feliz dentro da própria casa.
Que a vontade é quase sempre mais forte que a razão.
Quase? Ora, é sempre mais
forte.
No meio, a gente descobre que reconhecer um problema é o primeiro passo para resolvê-lo.
Que é muito narcisista ficar se consumindo consigo próprio.
Que
todas as escolhas geram dúvida, todas.
Que depois de lutar pelo direito de ser
diferente, chega a bendita hora de se permitir a indiferença.
Que adultos se divertem muito mais do que os adolescentes.
Que adultos se divertem muito mais do que os adolescentes.
Que uma perda,
qualquer perda, é um aperitivo da morte – mas não é a morte, que essa só
acontece no fim, e ainda estamos falando do meio.
No meio, a gente descobre que precisa guardar a senha não apenas do banco e da caixa postal, mas a senha que nos revela a nós mesmos.
No meio, a gente descobre que precisa guardar a senha não apenas do banco e da caixa postal, mas a senha que nos revela a nós mesmos.
Que passar pela vida à
toa é um desperdício imperdoável.
Que as mesmas coisas que nos exibem também
nos escondem (escrever, por exemplo).
Que tocar na dor do outro exige delicadeza.
Que tocar na dor do outro exige delicadeza.
Que ser feliz pode ser uma decisão,
não apenas uma contingência.
Que não é preciso se estressar tanto em busca do
orgasmo, há outras coisas que também levam ao clímax: um poema, um gol, um
show, um beijo.
No meio, a gente descobre que fazer a coisa certa é sempre um ato revolucionário.
No meio, a gente descobre que fazer a coisa certa é sempre um ato revolucionário.
Que é mais produtivo agir do que reagir.
Que a vida não oferece
opção:
- ou você segue, ou você segue.
Que a pior maneira de avaliar a si mesmo é
se comparando com os demais.
Que a verdadeira paz é aquela que nasce da
verdade.
E que harmonizar o que pensamos, sentimos e fazemos é um desafio que
leva uma vida toda, esse meio todo.
Importante mesmo é saborear ... a vida! Eliane de Pádua |
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