segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Gosto de saudade



Já dizia Letícia Thompson



Não sei se saudade tem cor. 


Dizem que sim. 


O que eu sei é que ela tem forma. 


Tem gosto. 


Tem cheiro. 


E peso também. 


E, acredite, ela tem asas!!! 


Se não, como nos transportaria tantas vezes a lugares tão distantes? 


E sei ainda que ela se agiganta quando mais tentamos diminuí-la. 


Sei que ela dói de dor intensa e sem remédio.

Se não fosse ela, não sei se teríamos consciência do tamanho da importância das pessoas pra gente. 


Porque quando amamos alguém, a saudade já chega por antecipação, sorrateira, disfarçada de algo que não conseguimos decifrar. 


É aquela dor fininha de não sei o quê, a angústia boba que nos invade só de imaginar a separação. 


E a gente fica meio sem saber o que fazer.

Mas é assim... é uma dor que gostamos de sentir, um sabor que queremos provar, é algo que não sabemos explicar, mas é quase paupável. 



É amor disfarçado de muita coisa. 


São emoções guardadas bem lá no fundo.

Saudade... do que foi e do que vai ser. 



Saudade que nos acompanha pra diminuir a solidão e que nos mostra, sobretudo, que estamos vivos.

Aprendi ainda que saudade não mata. 



É só quase. 


A gente pensa que vai morrer, mas sobrevive sempre, porque ela traz escondidinha nela outra coisa que chamamos de esperança, que nos ajuda a caminhar, porque saudade, como o amor, não é cega, saudade vê mais além.




Saudades de você Valéria Pádua
 (minha sobrinha querida) ... 
êta Portugal longe!

A distância levou você de mim...
A saudade vai trazer você de volta.
Beijos

viu como sou linda!...
Eliane de Pádua



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