sábado, 21 de janeiro de 2012

Despertar ...


Ah! Como seria bom se despertássemos!



Se compreendêssemos o quanto nossa vida neste plano é apenas uma breve passagem, que temos o quê aprender e somente isso é o quê verdadeiramente importa. 


Quem sabe parássemos de desperdiçar as oportunidades de sermos felizes e principalmente de fazer os outros felizes.

Corremos muito, temos pressa para quê? 

Para colher frutos ainda não amadurecidos? 

Para cobrar da vida um néctar que só existe plenamente em outros planos?

Eu sei que não podemos adivinhar o quê está faltando, ou onde ainda estamos errando... Mas temos nas mãos as ferramentas para seguir com natural precisão os caminhos que a vida nos oferece, para aprender esta lição e semear o verdadeiro futuro que nos espera, que nos é reservado.

Coisas pequenas demais nos rebaixam de padrão, nos entristecem, nos enraivecem, nos enfurecem! 

Acostumamos a conviver com o padrão oscilante e não buscamos a compreensão dos motivos.

Julgamos aos outros e não a nós mesmos. 

Não paramos para ver questionar por que se aborrecer por tão pouco?

Calamos-nos, quando deveríamos falar. 

Falamos demais, quando deveríamos ficar em silêncio.

Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.

Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.

E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós.

Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente.

Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos. Consumimos-nos.

Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.

E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos?

Isso faria uma grande diferença!

E o tempo passa...

Passamos pela vida, não vivemos.

Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.

Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás.

E então nos perguntamos: e agora?

Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.

Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.

Não olhe para trás. O que passou, passou.

O que perdemos, perdemos.

Olhe para frente!


Ainda é tempo de voltar-se para dentro e agradecer pela vida,
que mesmo efêmera, ainda está em nós.


Eliane de Pádua

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