quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Reflexão - Ser Feliz é Uma Decisão









Era uma vez há muito tempo atrás, conta-se que existiu uma senhora com seus já bem adiantados 92 anos, porém muito delicada, sempre bem vestida, com o cabelo bem penteado e um semblante calmo, que necessitou se mudar para uma casa de repouso. 

Seu marido havia falecido recentemente e a mudança se fez necessária, pois ela era
deficiente visual e não havia quem pudesse ampará-la em seu lar.  Uma neta dedicada a acompanhou.  

Após algum tempo aguardando pacientemente na sala de espera, a enfermeira veio avisá-las que o quarto estava pronto. 

Enquanto caminhavam, lentamente, até o elevador, a neta, que já havia vistoriado os aposentos, fez-lhe uma descrição visual de seu pequeno quarto, incluindo as flores na cortina da janela. 

A senhora sorriu docemente e disse com entusiasmo: 
  • Eu adorei! 
Mas a senhora nem viu o quarto... Observou a enfermeira. 

Ela não a deixou continuar e acrescentou: 
  • A felicidade é algo que você decide antes da hora. Se eu vou gostar do meu quarto ou não, não depende de como os móveis estão arranjados, e sim de como eu os arranjo em minha mente. E eu já me decidi gostar dele... 
E continuou: 
  • É uma decisão que tomo a cada manhã quando acordo. Eu tenho uma escolha, posso passar o dia na cama remoendo as dificuldades que tenho com as partes de meu corpo que não funcionam há muito tempo, ou posso sair da cama e ser grata por mais esse dia. Cada dia é um presente, e meus olhos se abrem para o novo dia das memórias felizes que armazenei... A velhice é como uma conta no banco, minha filha... De onde você só retira o que colocou antes. 



Conclusão

A lição de uma pessoa idosa e sem a visão dos olhos físicos é de grande profundidade e contém ensinamentos valiosos.
 

E o primeiro deles é que a felicidade é uma decisão pessoal. 

Depende mais da nossa disposição mental do que das circunstâncias que nos rodeiam.
 

Cada pessoa tem, na intimidade, o potencial de armazenar as belezas que deseja ver em sua tela mental, ainda que ao seu redor a paisagem seja deprimente.
 

Para isso é preciso construir um mundo de felicidade nesse banco de lembranças que Deus ofereceu a cada um de seus filhos.
 

E quando se constrói um mundo de paz e felicidade, portas à dentro da alma, é possível compartilhar essa realidade com aqueles que nos cercam. 

Assim é que se não temos em nossa vida os enfeites que desejamos, arranjemos tudo isso em nossa mente. É uma forma de ver as coisas com olhar positivo e otimista. 

Além disso, como toda criação começa na mente, é bem possível que venhamos a concretizar esse sonho alimentado na alma. 

Se você ainda não havia pensado nessa possibilidade, pense agora. 

Comece, sem demora, a depositar felicidade na conta do banco das suas lembranças, para poder resgatar sempre que desejar. 

Se você abrir a janela, pela manhã, e seus olhos físicos puderem ver apenas paisagens deprimentes, abra as janelas da alma e contemple um jardim em flor. 

Respire fundo e sinta o perfume de jasmim, de rosas e cravos, ouça o canto dos pássaros que voam, ligeiros, pelo ar.
 

Perceba a brisa acariciando seu rosto, e curta a melodia dos grilos e cigarras que cantam para alegrar suas horas. 

Decida ser feliz, ainda que seja uma felicidade que só você pode sentir.

E lembre-se sempre:
A felicidade não depende de como as coisas estão arranjadas, mas de como você as arranja na sua mente.
Eliane de Pádua







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