segunda-feira, 27 de setembro de 2010

COMO ENTENDER A HISTÓRIA – 4ª Parte

... DA RIQUEZA DO HOMEM
Como os governos acreditavam nessa teoria
de que quanto mais ouro e prata houvesse num país,
 tanto mais seria rico, o passe seguinte era óbvio. 


O movimento de fechamento das terras provocou muito sofrimento, mas ampliou as possibilidades de melhorar a agricultura. 

E quando a indústria capitalista teve necessidade de trabalhadores, encontrou parte da mão-de-obra entre esses infelizes desprovidos de terra, que haviam  passado a ter apenas a sua capacidade de trabalho para ganhar a vida.

A expansão do mercado. É uma chave importante  para a compreensão das forças que produziram a indústria capitalista.

Entra em cena o intermediário, e as cinco funções do mestre artesão se reduziram a três
  1. trabalhador,
  2. empregador,
  3. capataz. 

Os ofícios de mercador e comerciante deixaram de ser atribuição sua. 

O intermediário lhe entrega a matéria-prima e recebe o produto acabado. 

O intermediário  coloca-se entre ele e o comprador. 

A tarefa do mestre artesão passou a  ser simplesmente produzir mercadorias acabadas tão logo recebe a matéria-prima.

As corporações pensavam de modo inverso. 

Sempre que preciso, o intermediário contornava os regulamentos, e regras colocando sua indústria fora da jurisdição da corporação, fora da cidade, onde o trabalho podia ser executado pelos métodos que melhor lhe conviessem, sem se preocupar com as restrições das corporações quanto a salários, número de aprendizes, etc...

No sistema de corporações, que surgira com a economia urbana, o capitalista tinha apenas um papel.

Com o sistema de produção doméstica, surgido com a economia nacional, o capital passou a ter papel importante. 

Era necessário muito dinheiro para comprar matéria-prima para muitos trabalhadores, e para organizar a distribuição dessa matéria prima e sua venda como produto acabado, mais tarde. 

Era o homem do dinheiro, o capitalista, que se tornava o orientador, o diretor do sistema de produção doméstica.

Nessa época houve a exploração do trabalho infantil, com crianças até de três anos trabalhando.

A Espanha no século XVI foi o mais rico e poderoso país do mundo, devido ao ouro  e a prata, que eram o índice de sua riqueza e poder.

Como os governos acreditavam nessa teoria de que quanto mais ouro e prata houvesse num país, tanto mais seria rico, o passe seguinte era óbvio. 

Baixaram-se leis proibindo a saída desses metais.

A companhia Inglesa das Índias Orientais tinha em seus estatutos uma cláusula que lhe dava o direito de exportar o ouro. 

Quando no século XVII, muitos panfletários a atacaram por enviar riquezas  para fora da Inglaterra.

O negócio, portanto era exportar mercadorias de valor  e importar apenas o que fosse necessário, recebendo o saldo em dinheiro sonante. 

Isso significa estimular a indústria por todos os meios possíveis, porque seus produtos valiam  mais que os da agricultura, e, portanto obteriam mais dinheiro nos mercados estrangeiros.

O estímulo público solicitado veio na forma de proteção contra a competição estrangeira, através de altos impostos sobre produtos manufaturados importados. 

Em certos casos, os governos chegaram mesmo a proibir a importação de determinados artigos, quaisquer circunstâncias.

(continua) 4/5

Venha fazer parte da minha equipe “Eliane de Pádua” e
Viver na Excelência!



Nenhum comentário:

Postar um comentário