Todos nós erramos querendo acertar. |
Excepcionalmente, algumas pessoas podem cometer erros conscientemente,
mas ainda assim buscam a felicidade, de forma desesperada, mas buscam.
A solidão e carência afetiva
deixam a alma aberta a muitas portas que em outras ocasiões manteríamos
fechadas.
Deixa-nos acessíveis, frágeis e crédulos.
O feio pode tornar-se
bonito e agradável; o proibido, irresistivelmente atraente.
Achamos desculpas
para convencer os outros e nem sempre convencemos nosso coração.
Mas insistimos...
Acontece de cometermos erros
imperdoáveis, não aos outros, mas a nós.
Esses mesmos erros que nos fazem querer não ter existido por um momento, querer apagar da memória e do tempo, desaparecer, ou chorar até que as lágrimas lavem todas as nossas culpas, mas sabemos que, quaisquer que sejam nossas tentativas, elas serão em vão.
Esses mesmos erros que nos fazem querer não ter existido por um momento, querer apagar da memória e do tempo, desaparecer, ou chorar até que as lágrimas lavem todas as nossas culpas, mas sabemos que, quaisquer que sejam nossas tentativas, elas serão em vão.
E aprendemos com os
primeiros erros? Ah, não...
Tentamos ainda e ainda nessa
busca incessante pela felicidade...
Cegamos-nos voluntariamente,
sem termos consciência do quanto isso pode nos custar, do quanto pode doer, das
penas que podem nos causar.
Ah!... As más decisões não
têm retorno, os gestos cometidos não têm volta e as palavras ditas se foram.
O que escrevemos,
escrevemos, por onde andamos nós andamos e não é nos agarrando a esses detalhes
que seguiremos em frente.
É justamente quando
conhecemos nossos erros e nossas culpas que os evitaremos depois.
Sei que isso nem sempre acontece, senão não cometeríamos duas ou três vezes os mesmos desenganos, mas um dia aprendemos.
Sei que isso nem sempre acontece, senão não cometeríamos duas ou três vezes os mesmos desenganos, mas um dia aprendemos.
Aprendemos que todo mundo
erra, todo mundo acerta, todo mundo se arrepende e quer voltar atrás; todo
mundo chora algo perdido ou uma decisão errada; todo mundo já se sentiu a
pessoa mais infeliz e pequenininha em um momento ou outro e quis esconder-se
até de si mesmo.
Aprendemos que a vida tem
curvas, laços, boas e más intenções, campos floridos e terras desertas;
aprendemos que para se viver é preciso saber perdoar-se a si mesmo, sem
porventura deixar de tirar as lições do que se vive.
Ser maduro, completo e sábio
não é ser infalível.
O mundo é feito de seres humanos, corações e sentimentos e
não de super-heróis.
- Ser maduro é buscar o melhor do que vivemos, acreditar que Deus perdoa falhas, compreende nossas buscas e nos reconforta a cada queda.
- Ser maduro não é evitar as flores que têm espinhos, mas redobrar de cuidado à colhê-las, conhecer os perigos e não se deixar dominar pelo medo; é viver, consciente de que se não andamos não chegamos a lugar nenhum e se erramos temos direito sim a uma segunda, mesmo uma terceira chance.
Letícia Thompson |
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