... DA RIQUEZA DO HOMEM
É evidente que a maior ou menor abundância de dinheiro não tem importância: pois o preço das mercadorias é sempre proporcional à abundância do dinheiro”. |
O estado estava sempre pronto a
estimular a indústria, subsidiando-a diretamente ou de qualquer um dos modos já
mencionados.
Mas a Inglaterra e França não
estavam satisfeitas de ver mercadorias inglesas e francesas sendo transportadas
pelos navios holandeses.
Não lhes agradava pagar bom dinheiro aos marinheiros
holandeses para servir de transportadores de seus produtos e dos serviços de
transportes marítimos.
Observa-se que a crença de que
não há nada mais importante e necessário para o bem geral do Estado, do que a
redução do comércio e indústria de um estado rival só poderia levar a uma
coisa: guerra.
O fruto da política mercantilista é a guerra, a luta pelos
mercados, colônias, e tudo isso mergulhou nações rivais numa guerra após a
outra.
1776 foi um ano de revolta.
- Aos norte-americanos, ele lembra a declaração da independência, a revolta contra a política colonial mercantilista da Inglaterra; aos economistas de todo o mundo, lembra a publicação da Riqueza das nações, de Adam Smith - súmula da rebelião contra a política mercantilista - restrição, regulamentação, contenção.
Os comerciantes queriam uma parte dos enormes lucros das
companhias monopolizadoras privilegiadas.
Os homens que tinham dinheiro
desejavam usá-lo como, quando e onde lhes aprouvesse.
Estavam casados do “podem fazer
isso, não podem fazer aquilo”.
Estavam enojados das “Leis
contra... Impostos sobre... Prêmios para...”.
Queriam o comércio livre.
O Inquiry into the Nature and
Causes of Wealth of Nations, de Adam Smith, foi um desses livros que
dominam a imaginação do público e varrem país após país.
Adam Smith
- Ocupava-se mais do estudo das causas que influenciam a produção e distribuição da riqueza. A maioria dos mercantilistas tinha interesses a defender, mas os ocultava dizendo que o país se tornaria mais rico defendendo precisamente esses interesses. Smith, ao contrário, interessou-se mais pela análise do que pelas sugestões práticas, e abordou o assunto de forma científica, pois, toda medida mercantilista teve seus críticos.
Há a explicação sobre elevação e
redução de preços de acordo com a quantidade do dinheiro em circulação.
Hume partiu desse ponto.
- “Se considerarmos qualquer reino em si, é evidente que a maior ou menor abundância de dinheiro não tem importância: pois o preço das mercadorias é sempre proporcional à abundância do dinheiro”.
Entretanto, embora os economistas
de hoje discordem de muitos aspectos da teoria fisiocrata, atribuem-lhe o
mérito de mostrar que:
- A riqueza de um país não deve ser estimada como uma soma fixa de mercadorias acumuladas, mas sim pela sua renda, não como um estoque, mas como um fluxo.
O comércio livre é desejável, mas
com uma simplificação:
- O aumento da produtividade ocorre com a
divisão do trabalho;
- A divisão do trabalho aumenta ou
diminui segundo o tamanho do mercado;
- O mercado se amplia ao máximo possível
pelo comércio livre.
- Portanto, o comércio livre proporciona a maior produtividade.
(Fim 5/5)
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