segunda-feira, 27 de setembro de 2010

COMO ENTENDER A HISTÓRIA – 2ª Parte

... DA RIQUEZA DO HOMEM

Houve luta de classes
 - pobre contra rico -
 e  em alguns lugares os pobres venceram, 
queriam liberdade dos senhores feudais.




Mas o senhor estava pronto a trocar o trabalho do servo pelo dinheiro. 

Tinha muitas necessidades dele para pagar as belas roupas do Oriente que comprará na feira há alguns meses. O senhor tinha muito em que empregar qualquer dinheiro que o servo lhe pudesse pagar.

O senhor realmente não tinha nenhuma alternativa, pois se não aliviasse as obrigações  dos servos, era muito possível que alguns  deles  fugissem, deixando-o em necessidade de trabalho e dinheiro.

Documentos do mesmo período mostram que grande número de servos, além de comprar a liberdade de sua terra da obrigação  de trabalhar, também compravam  a liberdade pessoal.

Os camponeses não se limitavam a fazer queixas energéticas. E invadiram a propriedade da Igreja, lançavam pedras nas janelas, e depredavam.

Nesta época, por sinal, a Peste Negra foi um grande fator para a liberdade. A Peste Negra, portanto matou mais gente na Europa, no século XIV, do que a Primeira Guerra Mundial, em quatro anos.

E, com a morte de tanta gente, o maior valor seria atribuído aos serviços dos que estavam vivos, e o trabalho do camponês  valia mais do que nunca, e ele saiba disso, juntamente com o senhor. Os que haviam recusado a comutar a prestação de trabalho a que os servos estavam obrigados mostraram-se mais dispostos ainda a conservar o mesmo estado das coisas.

A indústria também mudou.

O progresso das cidades e o uso do dinheiro deram aos artesãos uma oportunidade de abandonar a agricultura e viver de seu ofício.

Todos que se ocupavam de um determinado trabalho, aprendizes, jornaleiros, mestres, etc, pertenciam a mesma corporação.

As corporações lutaram para manter o monopólio dos respectivos artesanatos, e não permitiam aos estrangeiros que se imiscuíssem em seu mercado.

No início do período medieval, o mercado tinha âmbito apenas local, reunindo habitantes da cidade e dos campos bem vizinhos.

Havia diferenças de preço, por condições imprevistas, e pela ambição do comerciante. A noção do justo preço se enquadrava na economia do mercado pequeno, local e estável.

No entanto, do controle das corporações exclusivistas ao controle do governo municipal bastava um passo, que foi dado pelos membros dessas grandes organizações. Associações, como sindicatos hoje, lutavam por maiores salários, e a resistência que enfrentavam dos patrões.

Houve luta de classes - pobre contra rico, e  em alguns lugares os pobres venceram, queriam liberdade dos senhores feudais.

Nesta época a religião era universal, os cristãos seriam mesmo da Igreja Católica, pois era a única. E era necessário pagar impostos, taxas, isso e aquilo para a Igreja.

A ascensão da classe média é um dos fatos importantes desse período do século X ao XV.

Não foi fácil reduzir os privilégios monopolistas das cidades poderosas. 

Os camponeses que desejavam cultivar seus campos, os artesãos que pretendiam praticar seus ofícios, saudaram a formação de um governo central forte, com poder para substituir os numerosos regulamentos  locais por um único, para transformar a desunião em unidade.
(continua) 2/5

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