... DA RIQUEZA DO HOMEM
Houve luta de classes
- pobre contra rico -
e em alguns lugares os pobres venceram,
queriam liberdade dos senhores feudais.
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Mas o senhor estava pronto a
trocar o trabalho do servo pelo dinheiro.
Tinha muitas necessidades dele
para pagar as belas roupas do Oriente que comprará na feira há alguns meses. O
senhor tinha muito em que empregar qualquer dinheiro que o servo lhe pudesse
pagar.
O senhor realmente não tinha
nenhuma alternativa, pois se não aliviasse as obrigações dos servos, era
muito possível que alguns deles fugissem, deixando-o em necessidade
de trabalho e dinheiro.
Documentos do mesmo período
mostram que grande número de servos, além de comprar a liberdade de sua terra
da obrigação de trabalhar, também compravam a liberdade pessoal.
Os camponeses não se limitavam a
fazer queixas energéticas. E invadiram a propriedade da Igreja, lançavam pedras
nas janelas, e depredavam.
Nesta época, por sinal, a Peste
Negra foi um grande fator para a liberdade. A Peste Negra, portanto matou mais
gente na Europa, no século XIV, do que a Primeira Guerra Mundial, em quatro
anos.
E, com a morte de tanta gente, o
maior valor seria atribuído aos serviços dos que estavam vivos, e o trabalho do
camponês valia mais do que nunca, e ele saiba disso, juntamente com o
senhor. Os que haviam recusado a comutar a prestação de trabalho a que os
servos estavam obrigados mostraram-se mais dispostos ainda a conservar o mesmo
estado das coisas.
A indústria também mudou.
O progresso das cidades e o uso
do dinheiro deram aos artesãos uma oportunidade de abandonar a agricultura e
viver de seu ofício.
Todos que se ocupavam de um
determinado trabalho, aprendizes, jornaleiros, mestres, etc, pertenciam a mesma
corporação.
As corporações lutaram para
manter o monopólio dos respectivos artesanatos, e não permitiam aos
estrangeiros que se imiscuíssem em seu mercado.
No início do período medieval, o
mercado tinha âmbito apenas local, reunindo habitantes da cidade e dos campos
bem vizinhos.
Havia diferenças de preço, por
condições imprevistas, e pela ambição do comerciante. A noção do justo preço se
enquadrava na economia do mercado pequeno, local e estável.
No entanto, do controle das
corporações exclusivistas ao controle do governo municipal bastava um passo,
que foi dado pelos membros dessas grandes organizações. Associações, como
sindicatos hoje, lutavam por maiores salários, e a resistência que enfrentavam
dos patrões.
Houve luta de classes - pobre
contra rico, e em alguns lugares os pobres venceram, queriam liberdade
dos senhores feudais.
Nesta época a religião era
universal, os cristãos seriam mesmo da Igreja Católica, pois era a única. E era
necessário pagar impostos, taxas, isso e aquilo para a Igreja.
A ascensão da classe média é um
dos fatos importantes desse período do século X ao XV.
Não foi fácil reduzir os
privilégios monopolistas das cidades poderosas.
Os camponeses que desejavam
cultivar seus campos, os artesãos que pretendiam praticar seus ofícios,
saudaram a formação de um governo central forte, com poder para substituir os
numerosos regulamentos locais por um único, para transformar a desunião
em unidade.
(continua) 2/5
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