... DA RIQUEZA DO HOMEM
Como os governos acreditavam nessa teoria de que quanto mais ouro e prata houvesse num país, tanto mais seria rico, o passe seguinte era óbvio. |
O movimento de fechamento das
terras provocou muito sofrimento, mas ampliou as possibilidades de melhorar a
agricultura.
E quando a indústria capitalista teve necessidade de
trabalhadores, encontrou parte da mão-de-obra entre esses infelizes desprovidos
de terra, que haviam passado a ter apenas a sua capacidade de trabalho
para ganhar a vida.
A expansão do mercado. É uma
chave importante para a compreensão das forças que produziram a indústria
capitalista.
Entra em cena o intermediário, e
as cinco funções do mestre artesão se reduziram a três
- trabalhador,
- empregador,
- capataz.
Os ofícios de mercador e comerciante deixaram de ser
atribuição sua.
O intermediário lhe entrega a matéria-prima e recebe o produto
acabado.
O intermediário coloca-se entre ele e o comprador.
A tarefa do
mestre artesão passou a ser simplesmente produzir mercadorias acabadas
tão logo recebe a matéria-prima.
As corporações pensavam de modo
inverso.
Sempre que preciso, o intermediário contornava os regulamentos, e
regras colocando sua indústria fora da jurisdição da corporação, fora da cidade,
onde o trabalho podia ser executado pelos métodos que melhor lhe conviessem, sem
se preocupar com as restrições das corporações quanto a salários, número de
aprendizes, etc...
No sistema de corporações, que
surgira com a economia urbana, o capitalista tinha apenas um papel.
Com o
sistema de produção doméstica, surgido com a economia nacional, o capital
passou a ter papel importante.
Era necessário muito dinheiro para comprar
matéria-prima para muitos trabalhadores, e para organizar a distribuição dessa
matéria prima e sua venda como produto acabado, mais tarde.
Era o homem do
dinheiro, o capitalista, que se tornava o orientador, o diretor do sistema de
produção doméstica.
Nessa época houve a exploração do
trabalho infantil, com crianças até de três anos trabalhando.
A Espanha no século XVI foi o
mais rico e poderoso país do mundo, devido ao ouro e a prata, que eram o
índice de sua riqueza e poder.
Como os governos acreditavam
nessa teoria de que quanto mais ouro e prata houvesse num país, tanto mais
seria rico, o passe seguinte era óbvio.
Baixaram-se leis proibindo a saída
desses metais.
A companhia Inglesa das Índias
Orientais tinha em seus estatutos uma cláusula que lhe dava o direito de
exportar o ouro.
Quando no século XVII, muitos panfletários a atacaram por
enviar riquezas para fora da Inglaterra.
O negócio, portanto era exportar
mercadorias de valor e importar apenas o que fosse necessário, recebendo
o saldo em dinheiro sonante.
Isso significa estimular a indústria por todos os
meios possíveis, porque seus produtos valiam mais que os da agricultura,
e, portanto obteriam mais dinheiro nos mercados estrangeiros.
O estímulo público solicitado
veio na forma de proteção contra a competição estrangeira, através de altos
impostos sobre produtos manufaturados importados.
Em certos casos, os governos
chegaram mesmo a proibir a importação de determinados artigos, quaisquer
circunstâncias.
(continua) 4/5
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de Pádua” e
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