Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado
uma ótima posição no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga.
Tudo
o que todos querem é amar.
Encontrar alguém que faça bater forte o coração e
justifique loucuras.
Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na
gravata.
Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um
ônibus lotado.
Tem algum médico aí?
Depois que acaba esta paixão retumbante,
sobra o que?
O amor.... ah o amor...
Mas não o amor mistificado, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar.
O amor.... ah o amor...
Mas não o amor mistificado, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos:
o sentimento que temos por mãe, pai,
irmão, filho.
É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo.
Não
existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades,
quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O amor é único, como qualquer
sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença
é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser
ininterrupta.
Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer
alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por
sepultar uma relação que poderia ser eterna.
Casaram... Casamos...
Casaram... Casamos...
O sucesso de um
casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que
resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes
nem necessita de um amor tão intenso.
É preciso que haja, antes de qualquer
coisa, respeito.
Agressões zero.
Disposição para ouvir argumentos alheios.
Alguma paciência.
Amor, só, não basta.
Não pode haver competição.
Nem
comparações.
Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram
previamente combinadas.
Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que
saber levar.
Amar, só é pouco.
Tem que haver inteligência.
Um cérebro
programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões
inesperadas, contas pra pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar
exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra.
Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando a longevidade do
matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida
própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança.
Certa camaradagem: às
vezes fingir que não viu fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar,
"solamente", não basta.
Entre homens e mulheres que acham que o amor
é só poesia, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade.
Tem que
saber que o amor pode ser bom e pode durar pra sempre, mas que sozinho não dá
conta do recado.
O amor é grande, mas não é dois.
É preciso convocar uma turma de
sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor
até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta!
Na vida nem mesmo os sentimentos se bastam sozinhos...
Na vida nem mesmo os sentimentos se bastam sozinhos...
Precisam uns dos outros
para se completar...
Olhe ao seu redor e veja que numero enorme de pessoas te
cercam e é necessária para fazerem de você uma pessoa feliz...
Olhe com atenção
cada uma delas e diga a todas elas quanto são importantes para você...
Uma vida repleta de um amor sincero, puro e enorme é o que lhe desejo hoje...
Uma vida repleta de um amor sincero, puro e enorme é o que lhe desejo hoje...
Eliane de Pádua
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