Somos
as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de
nossos progenitores.
E
com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e
compreensivos, mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na
História.
A
constatação trazida pelo artigo que circula pela Internet é deveras
interessante, e vale a pena ser estudada.
O
texto continua, dizendo que Parece que, em nossa tentativa de sermos os
pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro.
Assim,
somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais, e a primeira
geração de pais que obedecem a seus filhos.
Os
últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos.
E
o pior: os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam que os
filhos lhes faltem com o respeito.
Na
medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações
familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal.
Com
efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam
bem, obedeciam a suas ordens e os tratavam com o devido respeito.
E
bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.
Mas,
à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se
desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os
amem, ainda que pouco os respeite.
E
são os filhos que, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal
maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua
forma de agir e viver.
E,
além disso, que os patrocinem no que necessitarem para tal fim.
Quer
dizer, os papéis se inverteram, e agora são os pais que têm que agradar a seus
filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado.
Isto
explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores
amigos e dar tudo a seus filhos.
Os
filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas
vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter, e de
guiá-los enquanto não sabem para onde vão.
Se o
autoritarismo suplanta, humilha, o permissível sufoca.
Apenas
uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para
governar suas vidas enquanto forem menores.
Vamos
à frente liderando-os e não atrás, carregando-os, e rendidos à sua vontade.
É
assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no
qual muitos estão afundando, descuidados.
Os
limites abrigam o indivíduo.
Com
amor ilimitado e profundo respeito.
REFLEXÃO
O
Espírito dos pais tem influência sobre o do filho após o nascimento? Há uma
influência muito grande, os Espíritos devem contribuir para o progresso uns dos
outros.
Pois
bem, os Espíritos dos pais têm como missão desenvolver o de seus filhos
pela educação. É para eles uma tarefa: se falharem serão culpados.
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Eliane de Pádua
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