sexta-feira, 13 de abril de 2012

Uma saudade!



     


Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. 

Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. 

Geralmente, à noite.

Ninguém avisava nada, o costume era chegar de pára-quedas mesmo. 

E os donos da casa recebiam alegres as visitas. 

Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.

- Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.

E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. 

Aí chegava outro menino. 

Repetia-se toda a diplomacia.

- Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!

A conversa rolava solta na sala. 

Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. 

Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando- nos e olhando a casa do tal compadre. 

Retratos na parede, três imagens de santos, flores na mesinha de centro... casa singela e acolhedora. 





A nossa também era assim.

Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. 

Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. 

Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha - geralmente uma das filhas – e dizia:

- Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.

Tratava-se de uma metonímia gastronômica. 

O café era apenas uma parte: 

pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... tudo sobre a mesa.
 


Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. 

As gargalhadas também. 

Pra que televisão? 

Pra que rua? 

Pra que droga? 

A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... 

Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... 

Era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...

Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. 

Ainda nos acenávamos. 

E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida.

Era assim também lá em casa. 

Recebíamos as visitas com o coração em festa..

A mesma alegria se repetia. 

Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. 

Olhávamos, olhávamos... até que sumissem no horizonte da noite.

O tempo passou e me formei em solidão.

Tive bons professores: 
televisão, vídeo, DVD, e-mail... 

Cada um na sua e ninguém na de ninguém. 

Não se recebe mais em casa. 

Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
- Vamos marcar uma saída!... - ninguém quer entrar mais.

Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. 

Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.

Casas trancadas. 

Pra que abrir? 

O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite...

Que saudade do compadre e da comadre!
Saudade não quer dizer que estamos longe,
mas sim que um dia estivemos juntos....

Eliane de Pádua
19 de abril 
Dia de Santo Expedito.

Oficina do Gif
ofereço-vos com muito amor
pela minha devoção
nas minhas causas justas e urgentes.
Oração ao Poderoso Santo Expedito

Meu Santo Expedito das causas justas e urgentes interceda por mim junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo, socorra-me nesta hora de aflição e desespero, meu Santo Expedito Vós que sois um Santo guerreiro, Vós que sois o Santo dos aflitos, Vós que sois o Santo dos desesperados, Vós que sois o Santo das causas urgentes, proteja-me. Ajuda-me, Dai-me força, coragem e serenidade. Atenda meu pedido (Fazer o pedido). Meu Santo Expedito! Ajuda-me a superar estas horas difíceis, proteja de todos que possam me prejudicar, proteja minha família, atenda ao meu pedido com urgência. Devolva-me a paz e a tranqüilidade. Meu Santo Expedito! Serei grato pelo resto de minha vida e levarei seu nome a todos que têm fé. Muito obrigado.

(Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e fazer o sinal da cruz)

Boa sorte!







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