sexta-feira, 23 de março de 2012

Milho de Pipoca



Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.

Assim acontece com a gente.

As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.

Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: 
  • a dor.


Pode ser fogo de fora: 
  • perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.


Pode ser fogo de dentro: 
  • pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.


Há sempre o recurso do remédio: 
  • apagar o fogo! 

Sem fogo o sofrimento diminui. 

Com isso, a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: 
  • vai morrer. 


Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.

Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. 

A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. 

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!

E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado. 

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.

São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. 

Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. 

A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. 

No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. 

Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. 

Não vão dar alegria para ninguém.



 Em vez de sofrer pelas modificações que ainda não consegue, sinta-se grato(a) pelas mudanças que já realizou.

Amor e Paz para você!
Eliane de Pádua


Extraído do livro: 
O Amor que Acende a Lua 

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