sábado, 14 de janeiro de 2012

Gelo no coração.



 
“O Senhor já ouviu a minha súplica; o Senhor aceitará a minha oração”
 (Salmos 6:9)


Não era a sua intenção que isso acontecesse, mas aconteceu. 

Pronto! 

Agora precisa achar a solução. 

A saída de volta. 

O retorno ao calor de sua existência. 

Precisa encontrar o caminho de volta ao gosto pela vida... 

Ao desejo pela paz incomparável que possuía em tempos nem tão remotos assim...

Está bem... Não faltaram motivos para que seu coração chegasse a se parecer com esse picolé feito de água e fel, mas sempre existiu um atalho para o caminho da paz interior e do céu. Você não viu?

Está bem... 

Elegeram-te para inimigo. 

Mexeram com seu umbigo e agora é você quem sofre o castigo. 

Não é justo o que fizeram contigo... "Esses malditos!"

Jogaram o jogo sujo sem que você entrasse em campo. 

Sujaram a sua inocência como que por encanto. 

Desafinaram seu instrumento e estragaram o seu canto. 

Que desencanto!

Magoaram a sua alma e te fizeram perder a calma. 

Azedaram seu sorriso e picharam seu paraíso. 

Difamaram sua existência sem o mínimo de decência. 

"Quanta demência!"

Você agora tenta com suas forças perder o pouco que restou de sua dignidade e orgulho e com isso se livrar da mágoa que mais parece um montão de entulho. 

Grita por socorro ao Senhor do tempo e da existência como quem pede clemência sem paciência... 

Não é fácil, pois o orgulho parece impregnado na alma da gente, e quando se solta, leva a pouca dignidade que nos resta pra sempre.

Mas não há outro jeito de arrancar essa mancha, sem que a perda não seja grande pra caramba... 

Sem que não seja um perdão... 

Um perdãozão! 

Ainda mais se tudo isso estiver por dentro de um congelado coração . 

Não é fácil não...

Todavia, é possível que o socorro chegue para reaquecimento das nossas emoções e com isso derreta o gelo que envolve nosso coração.

Quando uma oração se fizer... 

E Deus responder quiser...

Quando esse gelo derreter e o coração outra vez ferver, a mágoa vai cair, você vai ver!
Eliane de Pádua

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