quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

As frustrações do homem moderno




Grande parte das pessoas, na sociedade atual, é infeliz, é frustrada. 

Você já se perguntou por que isso acontece? 
 
Muitos são os estudos feitos para se descobrir as possíveis causas da infelicidade do homem moderno e todos apontam para um único e grande causador de tudo isso:

o próprio homem. 
 
O ser humano traz em sua bagagem, ao nascer, um plano de felicidade. Ele traz consigo basicamente três motivações que o levarão a uma satisfação pessoal, se as conseguir manter ao longo da existência. 
 
Uma delas é ter um relacionamento pessoal satisfatório. 
 
Outra, é poder ser útil na comunidade em que vive e, por fim, crescer como indivíduo, alcançando sua auto-realização. 
 
Se todas as pessoas conseguissem atender a esses apelos do seu interior jamais se sentiriam frustradas ou infelizes. 
 
No entanto, há outros apelos muito fortes que vêm do exterior, que a sociedade impõe como sendo indispensáveis: ter muito dinheiro, ter fama e ser fisicamente atraente. 
 
E é quando o ser humano entra na luta pela conquista de posses materiais, de fama e de uma aparência física atraente, que muitas vezes se infelicita e se frustra. 
 
E por que isso ocorre? 
 
Porque, em sua maioria, as criaturas se esquecem das suas aspirações íntimas e passam a lutar com todas as suas forças para conquistar o que a sociedade convencionou chamar de homem bem sucedido. 
 
E, para "subir na vida", tantas vezes não se importa em passar por cima de seus semelhantes, e mata uma de suas motivações íntimas: a de ter um bom relacionamento pessoal. 
 
Deixa de ouvir a voz da consciência que o chama à utilidade, junto à comunidade, e passa a lutar por uma profissão que lhe dê status e fama. 
 
Se aspirar, por exemplo, a ser um médico útil à sociedade, passa a ver na profissão um meio de ganhar dinheiro e fazer fama, tornando-se um comerciante da medicina, que só atende se for bem pago. 
 
E para poder se manter fisicamente atraente, muitos indivíduos vivem à custa de drogas e regimes cruéis, e passam a depender disso para manter as aparências. 
 
E quando o corpo físico cobra seus tributos, em função da idade, passam a esticar a pele por todos os lados, como se fosse possível enganar as leis que regem a matéria. 
 
O que o indivíduo não se dá conta, é que quanto mais luta para ter, mais se esquece de ser e mais se infelicita. 
 
Os que conseguem conquistar posses materiais, fama, e uma boa aparência, passam a empregar seu tempo e sua saúde para mantê-los. 
 
E os que não logram realizar esses sonhos estabelecidos pela sociedade, se tornam infelizes e frustrados por se julgarem incapazes para tal. 
 
Jesus, o excelente psicólogo da Humanidade, recomendou que envidássemos esforços para conquistar bens que nem a traça nem a ferrugem consomem. E esses bens são as virtudes do Espírito, que nos seguem pela eternidade afora. 
 
Assim, quando o ser humano entender que o dinheiro é meio e não fim para ser conquistado a qualquer custo, colocará esse bendito recurso a serviço do progresso próprio e dos seus semelhantes em todos os sentidos. 
 
"Não vos inquieteis pela posse do ouro", recomenda Jesus. 
 
E na parábola do rico fazendeiro que só se importava em encher os celeiros de forma egoísta Ele adverte: "Insensato que sois! Ainda esta noite lhe exigirão a alma." 
 
Jesus, portanto, não disse que temos que desprezar os bens terrenos, nem o dinheiro, mas ensinou que os bens terrenos aqui ficam quando daqui partimos e que não vale a pena ganhar a vida e perder-se a si mesmo. 
 
Reflexão 
 
  • Você vale pelo que é, e não pelo que tem ou pela sua aparência física. 
  •   As virtudes são os tesouros mais preciosos que você pode conquistar. 

Lembre-se sempre de que nada vale a pena se tivermos que abrir mão da nossa dignidade, da nossa honradez, ou dos nossos valores nobres.

Eliane de Pádua

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