Era uma vez um jovem príncipe,
herdeiro de um grande reino.
Toda manhã, ao despertar, recebia uma lista de
tarefas que devia cumprir.
Tarefas que o deixavam muito zangado, porque iam desde limpar os seus sapatos e vestes reais, organizar brinquedos e jogos, até lavar e escovar seu cavalo e organizar o seu quarto.
Embora não gostasse, em respeito a seu pai, o rei, ele obedecia.
Tarefas que o deixavam muito zangado, porque iam desde limpar os seus sapatos e vestes reais, organizar brinquedos e jogos, até lavar e escovar seu cavalo e organizar o seu quarto.
Embora não gostasse, em respeito a seu pai, o rei, ele obedecia.
Mas não deixava
de ficar olhando as terras e os campos infindáveis que pertenciam à sua
família.
Também os rebanhos, palácios e os súditos.
No palácio, onde vivia, existiam muitos criados prontos para executar todas as tarefas. Por isso mesmo é que o príncipe não entendia porque ele mesmo tinha que limpar os seus sapatos.
Certo dia, ele foi convidado a visitar um pequeno reino para conhecer um príncipe de sua idade, com o intuito de estreitar amizade.
O contato com o herdeiro daquele reino fez ele pensar ainda mais em como ele
era injustiçado.
É que aquele príncipe tinha a seu serviço três servos.
Até o
banho era preparado por um deles.
Nada de tarefas a cumprir. Era só dar ordens.
Quando regressou para sua casa, foi logo falar com seu pai:
"Não entendo", disse ele, "porque o senhor faz isso comigo. Sou seu único filho e herdeiro. Por que devo cumprir tarefas? Devo ser motivo de risos entre todo o povo."
Vi hoje, no reino vizinho, o que um verdadeiro herdeiro deve fazer: “somente dar ordens."
O rei, paciente, perguntou ao filho: "como era o reino que você visitou? Era grande como o nosso?"
"É claro que não, pai. É muito menor que o nosso, mais pobre, tem menos súditos e o castelo real é dez vezes menor que o nosso."
Veja bem, pai: se num reino pobre, o príncipe pode ter três criados para servi-lo, porque eu, num reino tão rico, devo fazer trabalho de criado?
Pois é, meu filho. Saiba que há anos atrás, o reino vizinho era vinte vezes maior do que o nosso. Nós crescemos, fomos ampliando e o reinado vizinho foi perdendo território.
Nada de tarefas a cumprir. Era só dar ordens.
Quando regressou para sua casa, foi logo falar com seu pai:
"Não entendo", disse ele, "porque o senhor faz isso comigo. Sou seu único filho e herdeiro. Por que devo cumprir tarefas? Devo ser motivo de risos entre todo o povo."
Vi hoje, no reino vizinho, o que um verdadeiro herdeiro deve fazer: “somente dar ordens."
O rei, paciente, perguntou ao filho: "como era o reino que você visitou? Era grande como o nosso?"
"É claro que não, pai. É muito menor que o nosso, mais pobre, tem menos súditos e o castelo real é dez vezes menor que o nosso."
Veja bem, pai: se num reino pobre, o príncipe pode ter três criados para servi-lo, porque eu, num reino tão rico, devo fazer trabalho de criado?
Pois é, meu filho. Saiba que há anos atrás, o reino vizinho era vinte vezes maior do que o nosso. Nós crescemos, fomos ampliando e o reinado vizinho foi perdendo território.
Seu avô sempre me dizia: “se você não pode sequer limpar os próprios sapatos, como poderá cuidar de todo um reino? Se você não é capaz de organizar seu próprio quarto, como irá governar todo um povo?"
As tarefas simples, nos educam, nos preparam para executar as maiores. Para comandar é preciso saber fazer. Até mesmo para exigir qualidade.
Se você nunca lavou as próprias vestes, como saberá se o outro as lavou bem? Apenas aceitará o que lhe entregam, da forma que vier.
Os seus antepassados foram comprando as terras do reino vizinho, que as perdeu por não saber administrar.
Talvez falte ensinar aos príncipes
herdeiros lições de humildade, da
importância do trabalho simples, diário.
O que me diz filho amado?
O menino pensou um pouco, e declarou: "digo que tenho uma lista de tarefas para executar agora, e começarei limpando os sapatos que se sujaram de lama pelo caminho."
REFLEXÃO
Não permita que seu filho se torne um incapaz, em razão do descaso em sua educação.
Não o prepare para os tempos de facilidade e abastança, mas
para os dias de necessidade e carência, de modo que a incapacidade não o
mutile.
Prepare-o na arte de auxiliar, de prestar colaboração, todos
os dias.
Logo mais, ele andará sem você pelos caminhos do mundo.
Ensine-o a andar com
seus próprios pés, seguro e confiante.
Eliane de Pádua
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