sábado, 12 de março de 2022

LEMBRANCAS SAUDÁVEIS

 


Não são as viagens luxuosas que permanecem, mas a viagem em família onde o carro avariou e todos tiveram que empurrar e do nada começou a chover…


O que permanece não são os milhares de gostos numa foto perfeita, tirada com um telefone  perfeito, no momento perfeito, com os filtros perfeitos, mas a foto tremida pela felicidade de um momento único, felicidade sempre chacoalha o ser.


O que permanece, não são as declarações de amor públicas feitas para uma plateia, mas o abraço que recebes mesmo quando falhas e erras, quando podes ser tu mesmo na totalidade do teu ser.

O que permanece não é voo de helicóptero, mas voar em um balanço amarrado em um galho de infância.

O que permanece não é quantidade de pessoas que conheces, mas uma única mas que te acrescente, te faça crescer seja pela dor seja pelo amor.

O que permanece não são os carros que conduziste na vida, mas a primeira vez que desceste uma ribanceira de bicicleta.


O que permanece não são os pratos da alta gastronomia, mas um almoço comum de domingo na casa da avó.


O que permanece não são as calçadas das viagens internacionais, mas aquela calçada em que tropeçaste e caíste onde aprendeste a importância da dor.


Só coisas grandiosas não são levadas pelo vento do tempo. 

Ficam em ti como evolução nos corredores do tempo. 


São tesouros mascarados.


REFLEXÃO

Temos a tendência de pensar em termos de fazer e não em termos de ser. Achamos que quando não estamos fazendo nada, desperdiçamos nosso tempo. Mas isso não é verdade. Nosso tempo é antes de tudo para nós sermos.

Sermos o quê?
Sermos vivos, sermos pacíficos, sermos alegres, sermos amorosos. E é disso que o mundo mais precisa.


Eliane de Pádua

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