segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Quem é você?



Não...

 A resposta certa para a pergunta do título não é o seu nome, nem a sua profissão, muito menos a sua espécie.

É, para muitos, a pergunta mais difícil de responder, e ao mesmo tempo a resposta mais simples que podemos dar.

Somos um agregado de matéria, mais precisamente átomos, que se agrupa para formar moléculas que continuam se agrupando e formando pequenos compostos, que formam nucleotídeos, que formam o DNA, que determinam como serão formadas proteínas, que expressam como você será e como se comportará ao longo da vida.


Os átomos que hoje compõem o seu corpo, foram formados um dia, na fornalha de uma destas estrelas que você observa no céu noturno, mas nenhum deles é os mesmos de quando você nasceu.

Portanto, eles não são você e esta ainda não é essa a resposta...

Você nasceu, cresceu, fez escolhas e aprendeu (ou não) a conviver com as consequências delas, você conquistou amizades, amores, reputação, foi influenciada pela sociedade do seu tempo, ou se sentiu deslocado em meio aos valores atuais, você sofreu com perdas, amores não correspondidos, pequenos desentendimentos ou grandes discussões, se arrependeu de algumas coisas que fez e de outras tantas que deveria ter feito, amou e odiou, acreditou, perdeu a fé, amou outra vez e continuou caminhando... até chegar onde está agora; lendo este texto e se perguntando quem é você.


Não, você não tem nenhum tipo de déficit cognitivo por não conseguir dar uma resposta satisfatória para esta pergunta.

Nós é que a tornamos, realmente, muito complicada, pois passamos a nos enxergar a partir de referenciais externos como nossa profissão, nossos parentescos, nossos títulos sociais e etc., esquecendo-nos de lançar um olhar mais apurado para dentro de si mesmo.


Não adianta buscar a sua volta os indícios de quem você realmente possa ser, pois a resposta para esta pergunta não se encontra em nada ao alcance dos seus olhos, mas sim no seu íntimo, naquele lugar que só pode ser alcançado através do autoconhecimento e da introspecção.

Você não é nada do que pensa ser, pois é muito mais que tudo o que já cogitou até agora.

Também não é nem de longe aquilo que os outros dizem, posto que o que parenta não transparece nem a metade do que realmente você é.

Nisto, só é possível acreditar que você é um ser multidimensional, que dentro da linguagem humana como nós a conhecemos, carece de definições satisfatórias para afirmar quem você realmente é.



Portanto, mergulhe dentro de si e busque-se, conheça-se, e terá a resposta para esta e outras perguntas tão angustiantes.

Eliane de Pádua




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