Toda estória deveria ter um final
feliz e cada situação deveria ter um resultado prazeroso e alegre.
Se isso fosse verdade não viveríamos
experiências dolorosas, nunca vivenciaríamos a traição e o desapontamento e
todo relacionamento seria de amor.
Isso soa muito bem em contos de
fadas, mas nem sempre corresponde à realidade.
Na vida real, temos experiências
dolorosas, relacionamentos que com frequência nos enchem de mágoas e
desapontamentos e o nosso final feliz não se materializa.
Mas isso é uma verdade?
Um final feliz sempre tem que parecer-se com um conto de
fadas ou podemos redefinir os finais felizes para que os encontremos em todas
as situações?
Nossa definição de final feliz determina como iremos interpretar os resultados de nossas lições. E então os julgaremos como sendo bons ou maus, dependendo do sentimento que ele nos causa e do resultado final. E se nós definirmos um final feliz como algo que nos transmite uma experiência de aprendizado enriquecedora que acabe por mudar nosso curso de vida? E se um final feliz significou que nós ganhamos conhecimento que nos ajudaria a tornar-nos mais fortes, informados e com decisões iluminadas no futuro? E se um final feliz significou que nos tornamos mais confiantes em nossas habilidades a tal ponto que poderíamos adiantar-nos em nossa divindade com absoluta fé e confiança em nossa conexão com a Fonte?
Isso sim seria verdadeiramente um final feliz.
Há um final feliz em cada situação, mas isto pode nem sempre ser feliz, no
sentido com que “felicidade” é geralmente definido. Às vezes finais felizes são
tristes, envolvem perdas e desapontamentos, ensinam-nos que não podemos
controlar ninguém ou seus comportamentos ou nos mostram que somos limitados em
nossas habilidades para curar ou modificar os outros. Às vezes finais felizes
mostram-nos que temos resultados de pouco poder quando fazemos escolhas
enfraquecidas. Mas eles são fortalecedores, ajudando-nos a fazer escolhas
diferentes e que podem levar-nos para fora de nossos ciclos pessoais de lições cármicas
e curadoras. Da forma que criamos nossa realidade, criamos também nossa própria
definição de finais felizes.
Ao tomarmos a responsabilidade da nossa realidade, podemos olhar para essas
situações como direcionadoras, onde deliberadamente criamos alguma coisa que
foi difícil e dolorosa. Então nos movemos em direção ao fracasso porque os
resultados não foram tão alegres ou cheios de sucessos como esperávamos. E
então estamos numa encruzilhada – nos movemos para a frente e nos
restabelecemos ou ficamos presos na dor e nos repreendemos por não ter feito
melhor, por não aplicar nosso conhecimento espiritual e evitar a situação, por
não sermos capazes de ver o que iria acontecer e criar uma saída diferente.
Podemos mover-nos adiante quando mudamos nossa definição de final feliz.
Podemos criar sucesso fora do que parece ser uma adversidade quando mudamos
nossa definição de final feliz. E podemos fazê-lo examinando o processo de
aprendizagem. Primeiro deliberadamente criamos uma situação com o objetivo de
ajudar-nos a obter conhecimento, confiança e aumentar nosso entendimento
espiritual. Então permitimos que isso desgaste nossa segurança e confiança e
fique preso porque estamos apegados ao resultado. Julgamos o resultado como uma
falha por que ele não atingiu nossas expectativas e o resultado não foi feliz –
mas estamos julgando isso com base em como nos sentimos e não no que aconteceu.
E, nossa definição de “final feliz” não é a mesma da definição do Universo. Da
perspectiva espiritual, um final feliz ocorre quando alcançamos nossos níveis
de crescimento espiritual e de entendimento, que nem sempre é um “conto de
fadas” feliz e às vezes envolve um final doloroso. Com finais felizes nós somos
mais fortes, sábios, mais confiantes e sempre nos aproximamos de níveis
espirituais. Mas isso sempre significa que podemos ter que liberar algo ou
alguém, largar uma expectativa ou mudar nossa perspectiva.
A recuperação é uma parte importante deste processo, parte essa que frequentemente esquecemos ou não damos importância. Esta é a parte mais importante do nosso processo de aprendizado por que nos permite acessar o que aconteceu ver o que criamos todo aspecto de aprendizado e cura que esteve disponível e como isso nos moveu adiante em nosso caminho. O auto perdão é uma parte importante desse processo. Frequentemente somos os mais severos conosco quando sentimos que deveríamos saber mais, deveríamos ter visto que vinha uma lição ou mesmo termos sido capazes de evitá-la. Nem sempre podemos criar finais felizes simplesmente evitando lições, mas podemos criá-las celebrando o que aprendemos.
Cada passo dado adiante nos ajuda a criar uma realidade fortalecida, toda lição
que aprendemos que é imbuída de dor, nos direciona para uma finalização que
traz aspectos de nossa cura. E isto é um final muito feliz por que significa
que completamos um ciclo cármico, que finalizamos um aspecto do crescimento de
nosso espírito e nos movemos em direção a uma nova fase da nossa jornada
espiritual. Antes de permitir que uma experiência difícil nos paralise em nossa
caminhada danificando nossa segurança, crença e fé em nós mesmos e no Universo,
podemos encontrar um final feliz e usá-lo para auxiliar-nos a criar uma saída
diferente na próxima lição.
O final feliz pode não ser o que nós imaginamos e o processo pode ser mais
longo do que havíamos considerado.
Mas, com o que nós aprendemos, quanto a mais sabemos e o que
estaremos agora aptos a criar com esse conhecimento?
Este é o final feliz, o
que podemos levar conosco como uma fonte permanente de conhecimento e de
entendimento e usá-lo para criar novos e diferentes finais felizes.
Feliz Natal
Boas Festas
Eliane de Pádua
CRIANDO UM FINAL FELIZ
Arcanjo Uriel –
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Por Jeniffer
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