O ego deseja sempre obter alguma coisa das outras pessoas ou das situações. Há sempre um interesse dissimulado, uma sensação de que «ainda não chega», de insuficiência e de carência que tem de ser preenchida. O ego usa as pessoas e as situações para alcançar aquilo que deseja e, mesmo quando o consegue, nunca permanece satisfeito durante muito tempo. Muitos dos seus objetivos são frustrados e, para a maior parte das pessoas, o abismo entre «o que eu quero» e «o que acontece» é uma fonte constante de preocupação e angústia.
A famosa e já clássica canção pop
«(I Can't Get No) Satisfaction» é a canção do ego.
A emoção dominante em todas as ações do ego é o medo. O medo de não sermos ninguém, o medo da não-existência, o medo da morte. Todas as ações do ego têm como derradeiro objetivo eliminar este medo, mas o máximo que ele consegue fazer é dissimulá-lo temporariamente através de um relacionamento íntimo, de uma nova aquisição ou ganhando isto ou aquilo. A ilusão nunca nos satisfará. Apenas a verdade de quem somos, quando sentida, nos pode libertar.
Porquê o medo?
Porque o ego nasce da identificação com a forma e, no fundo, ele sabe que nenhuma forma é permanente, que todas são efémeras. Por isso, existe sempre uma sensação de insegurança em torno do ego, mesmo que, exteriormente, ele pareça confiante.
Depois de compreendermos e de aceitarmos que todas as estruturas (formas) são instáveis, inclusive as estruturas materiais aparentemente sólidas, a Paz surge dentro de nós.
Isto acontece porque o reconhecimento da impermanência de todas as formas nos desperta para a dimensão do que não tem forma dentro de nós, do que está para além da morte; aquilo a que Jesus chamou «a vida eterna».
REFLEXÃO
Antes de praticar a caridade tenha fé no objetivo almejado, para então realizá-la. O bem requer abnegação, é preciso acreditar fervorosamente, crer no amor do trabalho em benefício de outrem. Como bom cristão exercite a caridade, sirva ao próximo com desinteresse egoístico, pois, o sacrifício na vida terrena proporciona aperfeiçoamento espiritual. Compreenda que a felicidade não é deste mundo, os prazeres terrenos satisfazem somente a matéria carnal. Vença o egoísmo, a vaidade e o orgulho, triunfe com nosso senhor Jesus Cristo e desfrute a felicidade eterna.
Eliane de Pádua
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