O pai de uma jovem da igreja estava muito
doente, por isso, a moça pediu para que seu pastor fosse visitá-lo no
hospital. Quando entrou no quarto do enfermo, o pastor se deparou com o
idoso deitado na cama, com a cabeça apoiada em dois travesseiros. Ao seu lado
direito, havia uma cadeira vazia. Ao ver aquela cadeira vazia ao lado da cama,
o pastor pensou que o homem estava esperando a sua chegada.
Então ele disse:
Acredito que o senhor estava
me esperando...
Mas o idoso respondeu:
Na verdade, não. Eu nem sei quem é o senhor.
Quem é você?
Disse o pastor: Meu nome é Gilmar e eu sou o
pastor da sua filha. Foi ela quem pediu para que eu viesse aqui orar pelo
senhor e quando me deparei com a cadeira vazia, pensei que soubesse que
receberia a minha visita.
Com a voz enfraquecida, o pai da jovem
começou a falar:
Ah, essa cadeira? Ela tem uma história...
Então me conte meu amigo! Interrompeu o
pastor.
O senhor prosseguiu: Eu nunca soube orar em
toda a minha vida. Na verdade, eu nunca quis aprender, pois sempre achei que
Deus estava muito longe de mim, resolvendo coisas mais importantes.
Até que um dia um amigo cristão me falou:
"Orar é conversar com Jesus. Quando
você quiser falar com Ele, sente-se em uma cadeira e coloque a outra na sua
frente. Pense que Jesus está sentado nessa cadeira e, então, comece a conversar".
Antes que o pastor pudesse falar algo, o
senhor continuou:
Eu gostei muito daquela ideia e, desde então,
converso com Jesus durante duas ou três horas por dia. Eu sempre tomo cuidado
para ninguém ver, principalmente a minha filha, porque é perigoso ela me
internar em um hospício. Brincou ele...
O pastor se simpatizou com aquele homem e
eles ficaram conversando por horas. Por fim, oraram juntos e o pastor Gilmar
voltou para casa. Três dias depois, a filha do homem doente comunicou a igreja
que seu pai havia falecido naquela tarde.
O pastor, então, lhe perguntou: Ele morreu em
paz?
A jovem, com os olhos cheios de lágrimas,
respondeu:
Creio que sim, pastor. Creio que ele morreu
em paz. Pouco antes de partir, ele me deu um beijo e disse que me amava. Tive
que sair do quarto por alguns minutos e, quando voltei, ele já havia falecido.
Só uma coisa me deixou intrigada, pastor...
O que foi minha filha? Perguntou.
O senhor se lembra daquela cadeira que ele
insistia em deixar ao lado de sua cama?
Então... Ele arrastou para bem perto da cama
e morreu com a cabeça encostada nela.
O pastor não conteve o sorriso e disse àquela
moça:
Louve a Deus por isso, menina!
Por que, pastor?
Por que ele morreu no colo de Jesus!
REFLEXÃO
Tentar saber algo sobre a morte é tentar
saber algo sobre a vida. A literatura dá-nos a ver verdades que só podem ser
usadas por nós próprios, que são as nossas convicções e as respostas essenciais
a perguntas para as quais todos têm de ter uma resposta. (...) A morte é
natural, a maior certeza que temos sobre qualquer coisa, e que vai ter o seu
fim. Os dias começam e acabam... tudo acaba. Ao
morrer o temente a Deus se dirigirá a antessala do Céu, para aguardar o
desfecho final. É um momento de especial conforto e bem estar, daqueles que já
tem a certeza da participação da glória futura. São do agrado de Jesus estas
almas que se encontram na paz, pois foram pessoas que Lhe serviram e que Lhe
foram fiéis.
"Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem
demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem
profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do
amor de Deus que está
em
Cristo Jesus, nosso Senhor"
(Romanos 8:38-39)
Eliane de Pádua
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