segunda-feira, 13 de junho de 2022

RELAÇÃO



O ser humano tem uma carência que lhe é inata. 
Surgem sozinhos, enquanto espíritos. 
Nascem e morrem sozinhos. 

Por isso há tanta necessidade de encontrar abrigo em outros corações, para amenizar as dores do caminho.


Entretanto, para quem se aventura em conhecer pessoas ou reencontrar antigos corações de vidas passadas, sem o devido preparo e autoconhecimento, estão fatalmente, fadados ao fracasso


Da carência, surge a dependência. 

Isso abre brecha para o pior dos males da convivência: 
A toxicidade das relações humanas.



Um ser humano que tem em sua natureza o egoísmo e a irresponsabilidade emocional utiliza-se do argumento de preencher os seus vazios com as fragilidades alheias, justamente daquelas vítimas que não conhecem suficientemente para estabelecerem limites e condições.



Toda relação é um sistema sutil de troca. A reciprocidade é uma obrigação. Quando há um desequilíbrio nessa balança, ou seja, quando um dos lados se doa mais e recebe menos, surge o ambiente propício para que o relacionamento deixe de ser saudável e passe a ser tóxico.



Essa falsa simbiose só explora e suga a energia de uma das pessoas. E esta, iludida ou por medo, acaba por se prender num relacionamento onde a validade já foi decretada há tempos. E o outro lado, ciente disso, abusa do emocional, inserindo ideias negativistas, doando migalhas e fazendo com que o outro acredita que se trata de um banquete.


A Espiritualidade nos ensina que, de fato, existem relações pendentes que somente pela convivência poderemos resolver, mas para tudo há um limite. Quando você se sentir diminuído, ofendido ou humilhado, talvez seja a hora de você refletir e dar um basta na relação.



REFLEXÃO

Não tenha medo de dizer não. Aprenda a ter autonomia suficiente para decidir o que é melhor para a sua vida. Nem que isso resulte em afastamentos e bloqueios. A sua parte para o suposto resgate foi feito. O outro lado não contribuiu. Sinta-se livre para partir.

Eliane de Pádua





Nenhum comentário:

Postar um comentário