terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Capitulo II - Regra de Ouro - 3/10ª Parte -

UM OBJETIVO PRINCIPAL DEFINIDO
UM CAMINHO...



É terrível saber que noventa e cinco por cento da população do mundo seguem pela vida adiante sem um objetivo sem a menor concepção do trabalho para o qual se adaptam melhor e sem ter mesmo qualquer noção da necessidade disso que se chama objetivo definido, pelo qual lutar.

Há uma razão psicológica, bem como outra de ordem econômica, para a seleção de um objetivo principal definido na vida.

Qualquer objetivo principal definido deliberadamente fixado na mente e nela conservado, tendo-se a determinação de realizá-lo, acaba por saturar todo o subconsciente até influenciar automaticamente a ação física do corpo, para a consecução do referido propósito.

Assim, o objetivo principal na vida deve ser escolhido com um grande cuidado e, depois de escolhido, deverá ser escrito e colocado num lugar onde se possa vê-lo pelo menos uma vez por dia. Isso tem por efeito psicológico impressionar o subconsciente da pessoa de tal maneira que ela aceita esse propósito como um lema, um projeto, uma “planta” que finalmente dominará as suas atividades na vida e a guiará, passo a passo, para a consecução desse objetivo.

O princípio de psicologia por meio do qual se pode conseguir impressionar o subconsciente com o objetivo principal chama-se “Auto-sugestão” ou sugestão que o indivíduo faz repetidamente a si próprio.

Não devemos ter medo do princípio da Auto-sugestão, enquanto estivermos certos de que o objetivo pelo qual lutamos nos trará felicidade de natureza duradoura.

Adquiramos a certeza que o nosso propósito definido é construtivo; que a sua realização não trará dificuldades nem miséria para outras pessoas, que nos dará paz e prosperidade, e, em seguida, apliquemos até o limite que conhecermos do princípio da auto-sugestão para a rápida consecução do nosso propósito.

Na esquina da rua que avistamos da sala onde escrevemos há um homem que permanece todos os dias no mesmo local vendendo amendoim torrado. Está sempre ocupado.

Trata se de um dos noventa e cinco por cento de pessoas que não possuem um objetivo definido na vida. Está vendendo amendoim torrado não porque ache que esse trabalho é melhor que outro qualquer que pudesse fazer, mas porque nunca se deu ao trabalho de pensar sobre um propósito definido, que lhe poderia trazer maiores lucros. Vende amendoim torrado porque voga ao sabor da corrente da vida e a sua tragédia é que, a mesma soma de esforços que emprega nesse negócio, se fosse dirigida em outro sentido, dar-lhe-ia lucros muito maiores.

Relacionada com o trabalho desse homem há ainda outra tragédia:

  • o fato de que ele faz uso do princípio de auto-sugestão, mas o emprega com desvantagem para si próprio. Põe nesse trabalho um esforço que seria suficiente para lhe dar um lucro substancial, se esse esforço fosse dirigido no sentido de algum objetivo principal definido que lhe proporcionaria maiores rendimentos.

O subconsciente pode ser comparado a um magneto e quando está vitalizado e inteiramente saturado com qualquer propósito definido, tem uma tendência decidida para atrair tudo o que é necessário para a realização desse propósito. As coisas semelhantes se atraem e pode-se ter a prova dessa lei em cada fio de grama, em cada árvore em crescimento.

A bolota do carvalho, lançada ao solo, tira dele e do ar o material necessário para transformar-se numa árvore frondosa.


Não há árvore que seja metade carvalho e metade cedro.


Todo grão de trigo semeado tira do solo e do ar 
os materiais necessários para fazer 
crescer uma haste de trigo.

Eliane de Pádua
padua.eliane@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário