segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

DEPENDÊNCIA



Dependendo da pessoa que você ama é uma forma de se enterrar na vida, um ato de automutilação psicológica onde o amor próprio, o respeito próprio e a essência de si mesmo são oferecidos e dados irracionalmente. 


Muitas pessoas permitem, por pura dependência, que o outro seja o seu algoz. 

A dependência emocional faz a pessoa suportar maus tratos para não perder a relação. 

Por medo do abandono a pessoa permite que o outro consuma sua própria vida sem nenhum critério ou exigência. 

O auto abandono é uma característica marcante em relações de codependência. 

A angústia de ficar só, de ser abandonado e de não poder viver sem alguém ao lado é uma das situações mais regressivas que uma pessoa pode enfrentar no campo afetivo. 


Por trás da dependência emocional está a baixa autoestima. 


É fácil que se você não reconhece o seu valor, caia na submissão e se deixe manipular. 

Afinal a baixa auto estima deixa seus limites frágeis e desprotegidos, fazendo com que os outros façam o que bem entender com você. 

Quando você teme o abandono do outro, a probabilidade de você se abandonar aumenta. 

O convite para aqueles que estão se auto abandonando é para que reconheçam suas necessidades, fortaleçam seus limites, trabalhe seus "nãos", tenha sua individualidade preservada, procure ajuda, faça terapia, cuide da relação mais preciosa que você tem: a relação consigo mesmo. 


Às vezes a codependência é tanta que você permite que o outro consuma sua vida e ainda não faz nada para impedir isso. 

Você precisa aprender a colocar limites em tudo que te invade, desgasta e consome a sua saúde física, mental, emocional. 

Repita comigo: 

"A parte em mim que suportava tudo para não perder alguém, morreu!".




REFLEXÃO


Se posso dar um conselho: "jamais se acostume ao que te faz mal". Entenda que há situações as quais você se permite continuar por comodismo, falta de autoconhecimento ou baixa autoestima. Outras, por conta das circunstâncias – e que fogem ao seu controle. Assim, diante de tudo o que se desdobra, reflita: "O que você pode fazer por você? Mesmo que seja um simples passo, o que está em suas mãos?" Coloque-se em movimento, peça ajuda, busque se conhecer, analise as circunstâncias, mas jamais se acostume ao que te machuca.


Eliane de Pádua




Nenhum comentário:

Postar um comentário