O que eu posso fazer para ser feliz?
O segredo da felicidade é uma preocupação cada vez mais
importante na era moderna, já que o aumento da estabilidade financeira
proporciona a muitos a oportunidade de se concentrar no crescimento pessoal.
Uma vez que já não somos mais caçadores preocupados em encontrar a próxima presa,
procuramos viver nossas vidas da melhor maneira possível.
A busca da felicidade é uma epidemia mundial, em um
estudo recente descobriram que pessoas de todos os cantos do mundo consideram a
felicidade mais importante do que outras realizações pessoais altamente
desejáveis, tais como ter um objetivo na vida, ser rico ou ir para o céu.
A febre da felicidade é estimulada em parte pelo crescente
número de pesquisas que sugerem que, além de ser boa, a felicidade também faz
bem — ela está ligada a muitos benefícios, desde maiores salários e um melhor
sistema imunológico até estímulo à criatividade.
A maioria das pessoas entende que a felicidade verdadeira é
mais do que um emaranhado de sentimentos intensos e positivos — ela é mais bem
descrita como uma sensação plena de “paz” e “contentamento”.
Não importa
como seja definida, a felicidade é parcialmente emocional — e por isso está
ligada à máxima de que cada indivíduo tem um ponto de regulação, como um
termostato, definido pela bagagem genética e a personalidade de cada um.
A felicidade verdadeira dura mais do que uma dose de
dopamina, por isso é muito importante pensar nela como algo que vai além
da emoção.
A sensação de felicidade de cada um também inclui reflexões
cognitivas, tais como quando você ri — ou não! — da piada do seu melhor amigo,
ou quando analisa o formato do seu nariz ou a qualidade do seu casamento.
Somente parte desta sensação tem a ver com o que você sente; o resto é produto
de um cálculo mental, em que você computa suas expectativas, seus ideais,
a aceitação daquilo que não pode mudar e inúmeros outros fatores.
Assim, a felicidade é um estado mental e, como tal, pode
ser intencional e estratégico.
Não importa qual seja o seu ponto de regulação emocional,
seus hábitos diários e suas escolhas — da maneira como você lida com uma
amizade até como reflete sobre decisões em sua vida — podem influenciar o seu
bem-estar.
Os hábitos de pessoas felizes foram documentados em estudos
recentes e fornecem uma espécie de manual a ser seguido.
Aparentemente (e paradoxalmente, é preciso dizer), atividades
que causam incerteza, desconforto, e mesmo uma pitada de culpa estão associadas
às experiências mais memoráveis e divertidas das vidas das pessoas.
As pessoas mais felizes, ao que parece, têm vários hábitos
não-intuitivos que poderiam ser considerados como infelizes.
Ou seja, nem tudo aquilo que os livros de auto-ajuda defendem
que pode te fazer feliz tem parcela significativa na sua felicidade.
A felicidade pode vir de onde menos se esperava.
Duvida? Que bom!
Isso significa que
você tem grandes chances de ser feliz.
O importante é correr riscos
Situações complicadas, incertas e até
mesmo desgastantes são fundamentais para aumentar nossa sensação de satisfação.
Pessoas mais felizes não são
minuciosas e têm uma proteção emocional natural contra o desgaste dos pequenos
detalhes.
Eliane de Pádua
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