segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Nada sei





Quando a vida apresenta um problema ele nunca vem sozinho.

Além de uma ou outra solução que nem sempre enxergamos, outros problemas desabrocham, surgem da nossa incapacidade de lidar com eles.

Assim, quem deve muito acaba pedindo empréstimos e, por conseguinte: ficam devendo mais.

Quem se apaixona por pessoas “problemáticas”, acabam sofrendo duplamente:
pela frustração de querer mudar quem não muda, e por ver seus esforços perdidos na vala do “nada”.

Quem trabalha onde não gosta perde o sossego, a alegria e os amigos.

Corrói o fígado e adoece sem causas aparentes.

E assim, vamos empurrando nossos problemas com a barriga.

Com aquela falsa ilusão de que estamos resolvendo-os.

Medo de assumir a realidade, de conversarmos com nós mesmos.

De olhar nos nossos olhos no espelho e dizer:
-Estou errado!
Vou recomeçar, vou pedir ajuda, vou falar com amigos, vou falar com Deus.

É tão difícil reconhecer que estamos errados!

O orgulho, esse “chip” que está instalado em nosso “hardware” de fábrica, cresce sempre a medida que vamos ficando “adultos” e achamos que já sabemos tanto.

A dor, essa Sábia Professora, não se cansa de visitar aqueles que acreditam saber tudo.

Depois da visita dela, acabam descobrindo o que o filósofo Sócrates declarou milhares de anos atrás:

- Quanto a mim, tudo que eu sei é que nada sei!

Antes de agir, pense.

Depois de pensar, reflita.

Depois de refletir, questione-se.

Depois de questionar-se, sorria e acredite na sua capacidade de crescer, ser e vencer.


Eliane de Pádua


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