Os anjos, arcanjos e querubins mais elevados na escala angélica estavam começando a ficar preocupados com a situação trágica do nosso mundo.
A
humanidade passava por muitas guerras, fome, doenças, sofrimento, desespero e
vazio espiritual.
Foi então que decidiram recrutar anjos iniciantes para dar
conta de realizar todo o trabalho do plano divino na Terra.
Mas antes de
estrear suas tarefas nas plêiades angélicas do bem, os anjos nascentes
deveriam passar por uma prova a fim de demonstrarem suas capacidades.
Analogamente aos estudos humanos, uma espécie de prova final para poder cursar
a série seguinte.
Um dos anjos iniciantes deveria então atravessar uma provação, uma iniciação ao reino angélico, que o faria galgar ao status de Anjo do Senhor.
Ele estava
ansioso por se tornar logo um anjo e começar sua jornada no bem, mas antes
precisava provar a sua glória e sabedoria.
Após o início da provação, vários
arcanjos, serafins e querubins se reuniram e invocaram o gênio do fogo, que
trazia a chama sagrada para o aspirante a anjo.
Os anjos pediram ao aspirante
que colocasse suas mãos em forma de concha e estivesse pronto para receber o
fogo divino.
Nesse momento, o Gênio do fogo concedeu uma parcela do fogo sagrado ao aspirante, sem que a chama do gênio se apagasse. O gênio foi embora e os anjos disseram:
O aspirante a anjo viu uma estrada se abrindo a sua frente e foi seguindo por um caminho bastante escuro. Esse caminho representava boa parte da atmosfera espiritual do nosso mundo; um clima escuro, pesado e hostil. Mesmo percorrendo esse caminho de trevas, ele sentia-se bem e orientado, pois enxergava tudo a sua volta com clareza e lucidez graças a chama que carregava em suas mãos.
Foi então percorrendo por estradas e vales, e no caminho começaram a aparecer várias pessoas necessitadas, carentes e em sofrimento, lhe pedindo um pouco da luz da chama.
Conforme as pessoas iam passando e pedindo luz, ele ia dando um pouquinho da chama sagrada a cada alma carente. Foi prosseguindo e mais e mais pessoas vinham a ele e pediam um pouco da chama em suas mãos.
Nesse momento, o Gênio do fogo concedeu uma parcela do fogo sagrado ao aspirante, sem que a chama do gênio se apagasse. O gênio foi embora e os anjos disseram:
“Esta chama representa a luz da sabedoria, que ilumina as trevas e dá alento a vida espiritual das almas. Agora vá seguindo o teu caminho e faça o uso desta chama sagrada, desta luz divina como você achar melhor”.
O aspirante a anjo viu uma estrada se abrindo a sua frente e foi seguindo por um caminho bastante escuro. Esse caminho representava boa parte da atmosfera espiritual do nosso mundo; um clima escuro, pesado e hostil. Mesmo percorrendo esse caminho de trevas, ele sentia-se bem e orientado, pois enxergava tudo a sua volta com clareza e lucidez graças a chama que carregava em suas mãos.
Foi então percorrendo por estradas e vales, e no caminho começaram a aparecer várias pessoas necessitadas, carentes e em sofrimento, lhe pedindo um pouco da luz da chama.
Conforme as pessoas iam passando e pedindo luz, ele ia dando um pouquinho da chama sagrada a cada alma carente. Foi prosseguindo e mais e mais pessoas vinham a ele e pediam um pouco da chama em suas mãos.
No entanto, o anjo observou que, após algum tempo, quanto mais dava o fogo sagrado que iluminava seu caminho, mais a chama ia diminuindo de tamanho. O anjo aspirante deu mais algumas porções de luz e agora caminhava apenas com uma pequena faísca, e quase não podia ver o caminho. As trevas começavam a tomar conta de tudo, e ele sentiu certo temor.
Então se iniciou um diálogo interno
“Devo dar a última faísca de luz que ainda possuo? Não seria melhor guardar essa porção luminosa para que eu também não mergulhe nessa escuridão aterradora?”.
Com a possibilidade de perder sua última partícula do fogo, que o aquecia e iluminava nas densas trevas que percorria, ele começou a cogitar ficar com a faísca, mas ainda estava em dúvida.
Este dilema foi sufocando o aspirante conforme ele seguia sua jornada. De repente, surgiu uma velha senhora a sua frente, e lhe pediu a luz que sobrara. O anjo titubeou, refletiu, lembrou-se dos ensinamentos espirituais, e num ato de sacrifício e desapego, deu sua última parcela do fogo, o último ponto luminoso que restara. Ficou então em escuridão total.
Eis que, dentro de si mesmo, começou a brilhar uma chama, a mesma chama sagrada que havia recebido do gênio do fogo na presença dos anjos. Sentiu uma espécie de calor sutil em seu peito, e notou que o fogo, que antes estava em sua mão, começara a nascer de dentro dele; seu próprio interior era agora a fonte da chama sagrada.
Nesse momento, tudo a sua volta começou a ficar maravilhosamente iluminado e aquecido.
Percebeu então que, ao seu redor, estava rodeado de um coro repleto de centenas de anjos que acompanhavam todos os seus passos, do início ao fim desta jornada.
O aspirante entendeu que os anjos jamais o abandonaram, mas esteve ali o tempo todo, zelando por ele e observando suas reações diante do desafio imposto.
O Anjo do Senhor proferiu as seguintes palavras:
Venceste a prova do egoísmo e entregaste tudo o que lhe restava da chama sagrada da sabedoria para quem lhe pediu, mesmo tendo a impressão que ficaria sem ela. Se o egoísmo tivesse vencido, cairias neste vale escuro e ficarias sem luz, tal é o estado de boa parte da humanidade. Confiaste em Deus e provaste a ti mesmo que quem se entrega completamente no caminho do bem, jamais fica desassistido e sem luz. A chama sagrada, que antes era exterior a ti, agora arde em teu próprio interior, pois demonstraste a superação diante do egoísmo que impera em quase toda a humanidade. Observe que todos os anjos, arcanjos e todas as hostes celestiais, nós possuímos uma chama sagrada em nosso coração. Da mesma forma que uma vela, ao acender outra vela, não perde a sua chama, também os seres humanos e os anjos, quando transmitimos nossa luz, não a perdemos, ao contrário – a luz só se expande.
Vamos acendendo a luz de cada pessoa com eles.
Quanto mais damos sabedoria e amor, mais eles se intensificam.
A sabedoria e o amor são diferentes das coisas materiais.
Quando damos um
objeto a alguém, ficamos sem ele, mas quando doamos amor e sabedoria, não os perdemos.
Agora possuis algo que nenhum ladrão pode roubar; que ninguém pode destruir; que as correntezas do tempo não degradam.
Podem levar tudo de ti, até mesmo tua vida física, mas a
sabedoria e o amor, jamais podem ser perdidos.
Cuida apenas, como disse Jesus, em não dar pérolas aos porcos.
Mas distribua tua luz entre todos, sempre dentro de
capacidade individual de cada pessoa em acolhê-la.
Agora finalmente é um anjo na Terra.
Feliz Ano Novo
Feliz 2017
Eliane de Pádua