quinta-feira, 19 de novembro de 2015

CABANAS EM CHAMAS




O Apóstolo Paulo, com sua lucidez inconfundível, recomendou que devessem dar graças a Deus por tudo o que nos acontece, tanto pelas coisas boas como pelas que nos pareçam ruins.

Talvez seja por esse motivo que certo homem agia sempre dessa maneira. 

Agradecia por tudo, e tinha a certeza de que Deus sempre o protegeria.


Um dia ele saiu em uma viagem de avião. 

Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar, um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano.

Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água.

Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada. 

Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por tê-lo livrado da morte.


Naquele lugar deserto ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. 

Derrubou algumas árvores e, com muito esforço, construiu uma cabana. 

Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas, que significava proteção.

Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez existissem na ilha.

Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. 


Assim, com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca e mais uma vez agradeceu ao Criador.

Porém, ao voltar para sua humilde cabana, qual não foi sua decepção, ao ver que sua morada estava pegando fogo.


Sentou-se em uma pedra chorando e dizendo em prantos:

Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta cabana para me abrigar, e a deixou se acabar em cinzas. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?

Naquele mesmo instante uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:
Vamos rapaz?

Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu à sua frente um marinheiro todo fardado dizendo:

Vamos logo, rapaz, nós viemos buscá-lo.

Mas, como é possível? 

Como vocês souberam que eu estava aqui?

- Falou o homem surpreso.

Ora, amigo, falou o marinheiro, vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. 

O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir buscá-lo naquele barco ali adiante.


Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria são e salvo de volta para os seus queridos.

Já em segurança, o homem agradeceu uma vez mais a Deus e pediu perdão pela falta de confiança na Sua providência e misericórdia.

Um navio... foi a solução,
 Deus enviou ao seu filho!



Em qualquer dificuldade recorda o poder da oração e roga inspiração ao céu, realizando sempre o melhor para que o melhor se faça em ti e através de ti, sem esqueceres que todo apelo encontra resposta, conforme o merecimento de quem pede e a forma como pede.



Eliane de Pádua



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