segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A EXISTÊNCIA DA POBREZA



Com o imenso número de pobres no mundo, por que a pobreza ainda permanece tão forte e devastadora?

Por um motivo muito simples…

Boa parte das pessoas pobres, na realidade, não quer o fim da pobreza, mas sim eles mesmos se tornarem ricos.

Se os pobres quisessem mesmo o fim da pobreza, não existiria mais pobreza, pois todos os pobres se uniriam para esse fim…. e o capitalismo seria insustentável.


A maioria vive boa parte da vida na expectativa de se tornar rico e de aproveitar o máximo do mundo do consumo.

Isso ocorre porque, no fundo, os pobres gostam do próprio capitalismo que os exclui e segrega.

São poucos os que pensam assim “Sim, eu vivi e vivo na pobreza. Sei de todas as dificuldades e sofrimentos que a pobreza pode provocar nos seres humanos. Por isso, vou me esforçar pelo fim da pobreza, ou ao menos pela sua diminuição, para que ninguém mais passe pelo que passei.



Parece que a maioria das pessoas pobres pensa assim: Sim, eu vivi e vivo a pobreza. Sei de todas as suas dificuldades e sofrimentos. Por isso, não quero ser pobre nunca mais e vou me esforçar ao máximo para ganhar dinheiro e me tornar rico, para nunca mais passar por isso.”

Enquanto a maioria optar pela segunda via, nada vai mudar em nosso mundo.

As diferenças sociais persistirão, a pobreza reinará e a exclusão social continuará sendo uma dura realidade.

Fica claro que a maioria não sonha com o fim da pobreza, com o fim da exclusão… eles sonham com um dia, quem sabe, eles mesmos se tornarem aqueles que excluem aqueles que segregam, e se colocarem no topo da pirâmide social.



De oprimidos, eles anseiam em se tornar os opressores, e assim, “vencer” na vida.

Isso fica evidente quando observamos que muitas pessoas que são excluídas socialmente ainda assim defendem o sistema; defendem seus opressores; defendem a divisão de classes; defendem o mundo do consumo desenfreado de forma irrefletida e cega.

Eles não fazem uma reflexão sobre sua condição, mas na primeira oportunidade de uma mínima ascensão social, se jogam nas delícias do capitalismo para usufruí-las e compensar tudo o que não fizeram anteriormente. 

Provavelmente, o tempo que essas pessoas ficaram na total carência de recursos e fora de uma zona média de consumo as induz a buscarem ainda mais o consumismo. 


Essa é a triste realidade do nosso mundo.
Eliane de Pádua




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