É hora de dar atenção ao que se vê no
espelho.
É preciso refletir sobre o reflexo daquilo que se vê e de dar
atenção àquele pelo encravado no rosto e na alma, de olhar com carinho
para a cicatriz da catapora mal cuidada.
Não há momento melhor que o agora, que o hoje, que este exato
instante para fazer isso.
Note-se, admire-se, não
se ignore.
Deixe de buscar lá fora aquilo que acha que falta.
Não seja a criança que tenta enfiar a força o quadrado no
buraco do triângulo.
Por que nada lhe falta!
Não existe outra metade, não existe cara metade, mesmo que
existam pessoas pela metade, que não sabem que são inteiras.
Você é inteira(o) do jeito que é, com seus defeitos, imperfeições, seus medos.
Eles também são você. Eles contam sua história, seus erros e
acertos, as tentativas de lidar com o mundo e as pessoas a sua volta e
principalmente eles estão ali para te mostrar o quão você pode ser melhor.
Somos obras perfeitas,
mas em eterna construção.
O eu de hoje tem de ser melhor que o eu de ontem
e é pior que
o eu de amanhã, mas ainda sou eu,
completo perfeito e imperfeito
e em constante transformação.
Permita-se ser egoísta.
Nada e nem ninguém te entende melhor que você mesmo.
Sendo assim, ninguém te completa e as pessoas que surgem na
sua vida estão ali para somar, acrescentar.
Dê a elas o espaço que é delas por merecimento, mas não as
coloque dentro de buracos que você criou na expectativa de aprisioná-las.
É hora de olhar para o
espelho e perguntar:
Quem eu devo respeitar acima de todos?
Quem eu devo ouvir acima de todos?
A quem devo satisfação dos meus atos, sucessos e fracassos?
Quem me ama e quem eu devo amar primeiro?
Não está fácil ser
espelho em um mundo
onde as pessoas não querem enxergar
o próprio reflexo.
Eliane de Pádua
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