A
afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos
sentimentos.
E
o mais independente também.
Não
importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as
impossibilidades.
Quando
há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o
afeto no exato ponto em que foi interrompido.
Ter
afinidade é muito raro, mas quando existe não precisa de códigos verbais para
se manifestar.
Existia
antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas
deixaram de estar juntas.
Afinidade
é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam,
comovem ou mobilizam.
É
ficar conversando sem trocar palavras, é receber o que vem do outro com
aceitação anterior ao entendimento.
Não é sentir, nem sentir contra...
Nem
sentir para...
Nem
sentir por...
Nem
sentir pelo...
Afinidade
é sentir com.
Sentir
com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber...
É mais calar do que falar, ou, quando falar, jamais explicar: apenas afirmar.
É
conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das
impossibilidades vividas.
Afinidade
é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de
separação.
Porque
tempo e separação nunca existiram, foram apenas oportunidades dadas pela vida.
REFLEXÃO
Diz-se
que a afinidade é um dos pilares para construir um bom relacionamento.
Diz-se,
popularmente, que a afinidade é a atração chamada de “química do amor”, isto é,
a energia química dos corpos.
Falando
em Química, a afinidade é a tendência que as moléculas e os átomos possuem em
combinarem-se entre si – é a atração química.
A
afinidade indica as relações entre pessoas que compartilham alguma ligação de
parentesco, por sentimentos mútuos, é com quem cada indivíduo se sente
conectado.
Eliane de Pádua