“Venha à minha tenda, diz um
chefe religioso, e irá para o céu depois da morte.”
O céu passou a ser descrito como
um lugar maravilhoso, cujas ruas são pavimentadas de ouro e pedras preciosas.
- “Se não vier a mim, irá diretamente para o inferno”, diz outro.
- O inferno é então pintado como um lugar de fogo abrasador, onde a pobre vítima sofrerá tormentos eternos.
Não admira, pois que a humanidade
tenha medo da morte.
Destruam-se a ignorância e á
superstição, e os seis medos básicos desaparecerão da natureza humana, dentro
de uma geração.
Por meio da herança social,
chegaram até nós a ignorância e a superstição das eras antigas. Mas estamos
vivendo numa era moderna. Por toda parte, podemos ver que qualquer efeito tem
uma causa natural.
Tudo o que existe - desde a forma
animal mais inferior, que vive na terra, ou nos altares, até o homem - é o
efeito do processo evolutivo da natureza.
A evolução é uma transformação organizada o qual nenhum milagre tem
parte.
Não somente as formas e o corpo
dos animais mudam de acordo com um processo, de uma geração ou outra, como
também a mente humana está sujeita as mesmas transformações. E nisso está a
nossa esperança de melhoria. Fiemos o poder de forçar a nossa mente por meio do
processo de rápida transformação.
Basta um mês de auto-sugestão, dirigida
com propriedade, para que se possa calcar aos pés qualquer dos seis medos
básicos.
Em doze meses de persistente
esforço, poder-se-á dominar toda a horda, de maneira a não oferecer mais nenhum
perigo.
O homem que é poderoso nada teme,
nem mesmo a Deus.
O homem poderoso ama a Deus, mas
nunca O teme!
O poder duradouro jamais nasce do
medo.
Qualquer poder que tenha o medo
por base, está condenado a criar e a se desintegrar.
Compreendamos bem essa grande
verdade e nunca incidiremos na infelicidade de procurar conquistar poder
inspirado no medo de outras pessoas, que talvez nos devam uma obediência
temporária.
O homem é de corpo e alma formada
para grandes feitos; para, nas asas da mais ousada fantasia, voar
infatigavelmente, transformando, impávido, em paz os mais cruéis sofrimentos e
experimentando os prazeres do espírito e dos sentidos;
Ou, então, é formado para a
abjeção e a desgraça, para rastejar no grilhão dos terrores, estremecendo a
cada som, apagando com o sensualismo a chama do amor natural, abençoando à hora
em que a gélida mão da morte lhe imporá o selo fatal, e temendo ao mesmo tempo
a cura, com quanto odiando o mal,
O primeiro é o homem como há de
ser um dia,
O segundo, o homem tal como o tornou
o mal.
Viver na Excelência!
Eliane de Pádua |
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