segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

INDIFERENÇA




Eu pensava que precisava de você para ser feliz, até você me provar da pior forma possível que eu estava errada.  

Pensei que sem você, era como se faltasse uma lacuna a ser preenchida na minha vida.

Só que quando você agiu da pior forma comigo, eu notei que na verdade, esse vazio só existia com você ali. 

Eu me sentia sozinha, mesmo estando ao seu lado, e esse é o pior tipo de solidão.  

Foi quando precisei de você, e você não estava ali, que tive certeza que era capaz de me reerguer sozinha.  


Enquanto eu te dava a mão nos seus piores momentos, você decidiu me soltar ao perceber que eu estava prestes a cair em um abismo profundo.  

Eu achava que precisava tanto de você, que você me provou com sua indiferença, descaso, mentiras e abandono, que na verdade, a única coisa que eu precisava, era de te tirar do pedestal e te colocar no lugar que você merecia ocupar na minha vida, o lado de fora.

O amor. 
Um simples sentimento que pode acaba com você!




REFLEXÃO

Um dia ao teu lado eu disse “Te amo”. Sonhei e acreditei com uma vida ao seu lado... Imaginava nossas vidas sendo apenas uma. Planos... Eu tinha muitos deles, e todos ao seu lado. A esperança era com você, mas eu abri os olhos, acordei deste sonho. Como dizem por aí, “caí na real”. Você não era o conto de fadas... E muito menos era a tal pessoa amada que esperei minha vida inteira para conhecer. Eu tinha sonhado demais, tinha tido esperança demais, estava ocupada demais fazendo planos, e não parei realmente para ver quem estava ao meu lado. 





Eliane de Pádua



DEPENDÊNCIA



Dependendo da pessoa que você ama é uma forma de se enterrar na vida, um ato de automutilação psicológica onde o amor próprio, o respeito próprio e a essência de si mesmo são oferecidos e dados irracionalmente. 


Muitas pessoas permitem, por pura dependência, que o outro seja o seu algoz. 

A dependência emocional faz a pessoa suportar maus tratos para não perder a relação. 

Por medo do abandono a pessoa permite que o outro consuma sua própria vida sem nenhum critério ou exigência. 

O auto abandono é uma característica marcante em relações de codependência. 

A angústia de ficar só, de ser abandonado e de não poder viver sem alguém ao lado é uma das situações mais regressivas que uma pessoa pode enfrentar no campo afetivo. 


Por trás da dependência emocional está a baixa autoestima. 


É fácil que se você não reconhece o seu valor, caia na submissão e se deixe manipular. 

Afinal a baixa auto estima deixa seus limites frágeis e desprotegidos, fazendo com que os outros façam o que bem entender com você. 

Quando você teme o abandono do outro, a probabilidade de você se abandonar aumenta. 

O convite para aqueles que estão se auto abandonando é para que reconheçam suas necessidades, fortaleçam seus limites, trabalhe seus "nãos", tenha sua individualidade preservada, procure ajuda, faça terapia, cuide da relação mais preciosa que você tem: a relação consigo mesmo. 


Às vezes a codependência é tanta que você permite que o outro consuma sua vida e ainda não faz nada para impedir isso. 

Você precisa aprender a colocar limites em tudo que te invade, desgasta e consome a sua saúde física, mental, emocional. 

Repita comigo: 

"A parte em mim que suportava tudo para não perder alguém, morreu!".




REFLEXÃO


Se posso dar um conselho: "jamais se acostume ao que te faz mal". Entenda que há situações as quais você se permite continuar por comodismo, falta de autoconhecimento ou baixa autoestima. Outras, por conta das circunstâncias – e que fogem ao seu controle. Assim, diante de tudo o que se desdobra, reflita: "O que você pode fazer por você? Mesmo que seja um simples passo, o que está em suas mãos?" Coloque-se em movimento, peça ajuda, busque se conhecer, analise as circunstâncias, mas jamais se acostume ao que te machuca.


Eliane de Pádua