Janelas que se abrem para o desconhecido, nos causa medo.
Olhamos através de suas frestas e não temos coragem para olhar um pouco mais além.
Restringimos nossas vidas até onde o nosso olhar alcança.
E como é curto, como é pequeno este espaço.
E pelas frestas destas janelas, vislumbramos somente um pequeno pedaço da vida.
O medo de novos conhecimentos, das modificações, o medo de que, ao vislumbrarmos um pouco além, não consigamos mais aceitar nossas verdades, faz com que não tenhamos coragem de olhar mais à frente.
Faz com que não tenhamos coragem para abrir “de par em par” as janelas de nossa alma e permitir que por elas entre a luz dos novos conhecimentos, que jorrem para dentro de nós ideias inovadoras, conceitos renovados e que, com eles, possamos nos modificar.
Nosso egoísmo, nosso comodismo, nossa estagnação mental não permitem que façamos um gesto sequer em sua direção e as escancaremos.
Não permitem que as abramos totalmente e olhemos para o mundo com coragem e força, sabendo que tudo que à nossa frente se descortina provocará uma revolução interior.
Sempre achamos não estar preparados, mas o que é não estar preparado?
É passar a vida na inércia?
É passar a vida na estagnação física e mental, achando que, assim, o mundo não irá nos ferir?
Não, o mundo não nos ferirá, ele não precisa fazê-lo, pois nós mesmos nos encarregamos disso quando paramos no tempo por termos medo dele.
Vamos! Coragem!
É só dar o primeiro passo, depois outro e mais outro. Você já chegou até o ponto necessário para abrir-se a novos ensinamentos. Pelas janelas da sua alma, a luz já adentra com mais força, sem precisar infiltrar-se somente por entre as frestas.
Pronto!
As janelas já se encontram abertas, agora é só ter um pouco mais de coragem e abrir também as portas de sua alma para que, então, você se ilumine inteiramente pela luz do saber, do conhecer, do compreender a VIDA.
REFLEXÃO
Um homem terá pelo menos dado à partida para a descoberta do sentido da vida humana quando começar a plantar árvores frondosas sob as quais sabe muito bem que jamais se sentará.
Eliane de Pádua |